A presidente Dilma Rousseff esquivou-se de comentar a decisão do Congresso de criar a CPI do Cachoeira, no entanto, disse que “todas as coisas têm de ser apuradas”. Dilma falou com jornalistas no encerramento das cerimônias de formatura da turma de 2010-2012 do Instituto Rio Branco e de Condecoração da Ordem de Rio Branco, no Palácio Itamaraty.
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– Vocês acreditam mesmo que eu vou me manifestar? Além das minhas múltiplas atividades que tenho de lidar, vou interferir na questão de outro Poder? Acho que todas as coisas têm de ser apuradas, mas não me manifesto sobre a CPI. Eu não me manifesto sobre outro Poder – declarou.
A finalidade da comissão é investigar as relações do empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira – preso por suspeita de explorar jogos ilegais – com parlamentares, agentes públicos, empresas privadas e autoridades.
A CPI do Cachoeira foi criada na quinta-feira pela manhã em sessão conjunta do Congresso Nacional. Ela contará com 16 deputados e 16 senadores e será instalada na próxima semana, provavelmente na terça-feira (24).
São 15 membros de partidos maiores e um de legendas menores que, pelo tamanho das bancadas, não teriam vaga na comissão. A escolha deles será feita de acordo com a proporcionalidade dos partidos nas duas Casas.
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Por terem as maiores bancadas, cabe ao PMDB no Senado indicar o presidente e o PT na Câmara indicar o relator – escolha ainda não concluída pelo partido.