Foi criada no final da manhã desta quinta-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar a relação de políticos, agentes públicos e privados com o empresário de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES) fez a leitura do requerimento de criação para atender à solicitação dos líderes partidários. Com a licença médica de 15 dias do presidente do Senado, José Sarney, coube à deputada convocar a sessão conjunta do Congresso para o procedimento de criação da CPI.

Com a formalização da investigação, abre-se o prazo de cinco dias para os partidos indicarem os 15 senadores e os 15 deputados federais integrantes do colegiado, com igual número de suplentes. Do total de 30 titulares, a oposição tem direito a sete vagas.

Rose convocou sessão conjunta para a próxima terça-feira, às 19h30min, para apresentação dos membros da comissão. Essa também é a data-limite para a indicação dos nomes pelas bancadas partidárias.

Até a leitura, o requerimento contabilizava 72 assinaturas no Senado e 337 na Câmara, número mais do que suficiente para garantir o quórum, que é de 27 senadores e 171 deputados.

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Durou apenas três minutos o rito para instalar a CPI. O plenário da Câmara dos Deputados, onde o Congresso se reúne, registrava a presença de 44 senadores e 342 deputados.

Investigações da PF, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Há suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira para promover tráfico de influência a fim de, entre outras ações, aprovar propostas, no Congresso, que beneficiasse o setor.