Os postos de combustível de Florianópolis já começaram a receber óleo diesel, mas ainda de forma lenta. Os estoques ficaram prejudicados durante a greve dos caminhoneiros. Os preços também não sofreram grandes mudanças, como a redução de R$ 0,46 anunciada pelo Governo Federal.
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Na Capital, na manhã deste sábado, 2, muitos postos estavam fechados por falta de combustível. Um dos estabelecimentos visitado pela reportagem, no Córrego Grande, indicava na placa de preços que o litro do diesel estava R$ 3,89. A redução ficou em R$ 0,19 se comparada ao último preço praticado pelo posto, de acordo com o levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 21 de maio. Na época, o litro saía por R$ 4,09. No entanto, o posto estava com o estoque zerado e sem previsão para reabastecer.
Na Barra da Lagoa, um posto que vendia o diesel a R$ 3,69, agora comercializa a R$ 3,49, uma redução de R$ 0,20. O problema é que o estabelecimento recebeu cinco mil litros de combustível na sexta-feira, 1º de junho, mas acabou no mesmo dia.
Segundo o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), Joel Fernandes, há preços para todos os gostos do freguês. Isso acontece, de acordo com ele, porque a orientação do Procon e Ministério Público é que os donos de postos peguem o valor da nota fiscal da compra feita antes da greve e deduzam pelo valor atual de compra, que está em R$ 3,11. O resultado é o valor do desconto que será aplicado na bomba, ou seja, repassado ao consumidor.
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— Por exemplo, quem comprou no mês passado o litro por R$ 3,22 na distribuidora, e neste mês por R$ 3,11, vai dar desconto de R$ 0,11 na bomba. Quem comprou por R$ 3,51 há um mês e agora por R$ 3,11, baixou R$ 0,41. Essa é a orientação que recebemos do governo, o problema é que não está refletindo os R$ 0,46.
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Normalização só depois de quarta-feira
O óleo diesel só começou a ser abastecido nos postos da Capital nesta sexta-feira (1º de junho), quando entrou em vigor o desconto anunciado pelo governo. Acontece que muitos estabelecimentos estavam com estoques baixos, ou zerado, e as distribuidoras nãos estão dando conta de reabastecer todo mundo.
— Existe uma defasagem que ainda vai permanecer por mais alguns dias, porque todos os postos ficaram sem gasolina e diesel e as companhias não conseguem abastecer na quantidade que os estabelecimentos precisam para não faltar. Aí o pessoal também está com muita ansiedade e acaba abastecendo até acabar o combustível no posto. A partir de quarta-feira, se não tiver nenhum imprevisto, deve se normalizar.
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