A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí começou ainda no domingo a apurar a autoria do ataque contra a Central de Plantão Policial (CPP) da cidade. O disparo de quatro tiros contra o prédio da delegacia no Bairro São João, ocorrido por volta de 3h50min de domingo, foi contabilizado pela Polícia Militar como o 114º atentado da segunda onda de violência que atinge o Estado há mais de um mês.

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Mas mesmo com a ocorrência constando no relatório oficial da PM, o delegado da DIC, Celso Pereira de Andrade, afirma que ainda não é possível determinar o que realmente aconteceu. Para ele apenas a conclusão da perícia e a análise das imagens de câmeras de segurança poderão apontar o tipo de crime registrado em Itajaí.

– Pode ter ocorrido um atentado? Pode. É um ataque do PGC (Primeiro Grupo Catarinense)? Aí a gente não sabe. É preciso investigar para vermos o que houve – destaca.

A Central de Comunicação Social da PM apontava que cerca de quatro tiros foram efetuados contra a delegacia, sendo que teriam acertado apenas uma árvore próxima do prédio. Domingo à tarde, porém, pelo menos uma marca era visível na estrutura, bem ao lado da palavra “Itajaí” no letreiro, e estilhaços de vidro comprovavam que o local tinha sido alvo de bandidos.

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Os disparos teriam partido de um Ford Fiesta Sedan de cor prata, que entrou na contramão da Rua José Pereira Liberato. Quatro policiais estavam na CPP no momento do ataque e nenhum deles se feriu. A PM fez rondas pela cidade mas ninguém foi detido até a noite de domingo.

O dia 3 de março, é tido como o de fundação do PGC, que completa 10 anos em 2013. Em razão disso a delegacia regional, com base em informações do setor de Inteligência da Polícia Civil, tem alertado desde semana passada todas as forças de segurança do Litoral Norte, a exemplo do que ocorre em toda Santa Catarina.

Ações contra os atentados também foram traçadas por uma força-tarefa da Inteligência para ontem, já que a data é emblemática para a facção criminosa. O ataque à delegacia foi o nono registrado em Itajaí desde 30 de janeiro, e o 114º em Santa Catarina, distribuídos por 37 cidades.

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O crime encerrou uma trégua de seis dias; o último atentando oficialmente contabilizado tinha sido em 25 de janeiro, em Criciúma, onde a casa de um policial militar e outras residências próximas foram alvejadas por 12 disparos de arma de fogo.

Incêndio

Um incêndio na noite de sábado também vem sendo tratado pela Polícia Militar de Itajaí como possível atentado. Uma residência de alvenaria de dois andares pegou fogo por volta das 23h, na Rua Alfredo Eicke, Bairro Barra do Rio. As chamas começaram no andar de cima e consumiram praticamente todo o pavimento.

O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros de Itajaí, evitando que atingisse o primeiro andar. A PM e o Instituto Geral de Perícias (IGP) apontam que há indícios de incêndio criminoso e ligação com a onda de ataques em Santa Catarina. As causas serão investigadas.

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Clique no mapa e veja onde foram as ações criminosas:

Ver Atentados em SC – 2013 num mapa maior

Foram registrados ocorrências em 37 municípios de SC

15 – Joinville

15 – Florianópolis

9 – Tubarão

9 – Itajaí

8 – Chapecó

7 – Palhoça

6 – Criciúma

4 – Navegantes

4 – São José

3 – Camboriú

3 – Laguna

2 – São Francisco do Sul

2 – Gaspar

2 – Jaraguá do Sul

2 – Brusque

2 – Içara

1 – Araquari

1 – Balneário Camboriú

1 – Maracajá

1 – Ilhota

1 – Indaial

1 – Blumenau

1 – Bom Retiro

1 – Garuva

1 – São João Batista

1 – São Bento do Sul

1 – Rio do Sul

1 – Porto União

1 – São Miguel do Oeste

1 – Imbituba

1 – Guaramirim

1 – Itapoá

1 – Campos Novos

1 – Balneário Rincão

1 – Água Doce

1 – Rio Negrinho

1 – Lages