A Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú apresentou nesta quinta-feira três suspeitos de terem participado da morte de Jaison Dutra Varela, 24 anos – que foi baleado com 12 tiros quando saia de casa na rua 980, no dia 18 de novembro de 2013. Os três tiveram prisão preventiva decretada. Em março deste ano eles já tinham sido presos temporariamente por 30 dias.

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Rodrigo Alex Kretzchmar, 22 anos, Helena Matos Abdala Ramos, 20, e José Inácio Micknowski, 20, foram presos durante o cumprimento do mandado nos bairros Centro e Municípios, por volta do meio-dia de quinta.

Um dos indícios que a polícia divulgou sobre a suposta participação deles no homicídio é um áudio captado do celular de uma das pessoas que cometeu o homicídio. Na gravação são ouvidos diversos tiros, em seguida uma das pessoas volta e dispara mais quatro tiros na vítima. Depois disso, no áudio, o grupo comemora a morte.

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>>> Ouça áudio apontado pela polícia como indício da participação dos suspeitos no homicídio

O delegado responsável pela DIC, Osnei de Oliveira, afirma que os três têm envolvimento na morte de Varela. Segundo ele, Helena tinha um relacionamento com a vítima e Kretzchmar.

Ela teria atraído Varela para Balneário enquanto os suspeitos do homicídio faziam campana na casa dele. Quando a vítima saiu de casa, o grupo teria disparado cerca de 23 tiros, mas somente 12 o acertaram.

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– O crime foi uma retaliação, vingança, porque o Jaison matou um dos amigos do grupo, Jeferson Rech, quando ele saía do velório de um rapaz que foi morto no camelódromo de Balneário – comenta.

Com eles também foi apreendido um adolescente de 17 anos suspeito de envolvimento com tráfico de drogas. Na casa onde alguns dos presos estavam foram encontrados um quilo de crack, meio quilo de cocaína, um revólver calibre 38, cerca de R$ 2 mil, além de munições de uso exclusivo do Exército, como .40 e 9mm.

Conforme o delegado, eles devem responder por crimes de homicídio, flagrante por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e munição, associação criminosa, corrupção de menores, entre outros. Oliveira disse que durante depoimento eles negaram o crime e Kretzchmar permaneceu em silêncio. Os três foram encaminhados para o presídio da Canhanduba, em Itajaí.

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Conforme a DIC, o inquérito do homicídio está quase concluído e o restante dos crimes continuará sendo investigado.

Contraponto

O advogado de Helena e Kretzchmar, Samuel Silva, afirma que vai entrar com recurso nesta sexta-feira pedindo a revogação da prisão preventiva, além de pedir o relaxamento da prisão em flagrante por tráfico, prisão ilegal e abuso de autoridade. Segundo ele, os dois são inocentes e não tiveram participação no homicídio de Varela.

– Eles já foram presos anteriormente, ficaram à disposição da Justiça e não se achou prova em relação a isso, não tem justificativa. Os dois têm álibis que provam que não estavam no local do crime, nossos argumentos são fortes – destaca.

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Silva também nega que Kretzchmar tenha participação em tráfico de drogas e que ele foi preso na casa de Helena. Sobre os crimes de roubo, ele diz que não foi informado sobre essa acusação. Já o advogado de Micknowski, Germano de Oliveira Pereira, informou que está analisando o caso e deve se manifestar nesta sexta sobre o assunto.

Presos também são suspeitos de integrar quadrilha

Além da participação no homicídio de Jaison Dutra Varela, 24 anos, alguns dos presos quinta-feira pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú são suspeitos de integrar uma quadrilha que praticava roubos e tráfico de drogas na região. Eles seriam conhecidos no bairro dos Municípios e cometeriam roubos principalmente em Barra Velha e Penha.

O delegado responsável pela DIC, Osnei de Oliveira, explica que Rodrigo Alex Kretzchmar, 22 anos, e José Inácio Micknowski, 20, eram investigados por integrar essa quadrilha. Segundo ele, os presos também são suspeitos de integrar uma facção criminosa catarinense.

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– Essa quadrilha já vinha sendo investigada por roubo. Eles cometiam crimes quase que diários, mantinham vários pontos de venda de drogas na cidade e também usavam menores para armazenar e vender drogas – ressalta.

As investigações sobre a quadrilha devem continuar. Além do crime de homicídio, os dois vão responder por tráfico de drogas, associação criminosa, corrupção de menores, entre outros.