Os 140 presos da Unidade Prisional Avançada de São Francisco do Sul, que só tem capacidade para 72 pessoas, se rebelaram na manhã desta quinta-feira. Pelo menos quatro celas foram danificadas, sendo que uma delas ficou completamente destruída.

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Os detentos quebraram as camas e utilizaram partes delas como ferramentas para destruir as celas. A rebelião começou por volta de 9 horas e foi controlada em menos de uma hora.

Guarnições do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da Polícia Militar de Joinville e a 2ª Companhia de Aviação da PM, além de viaturas da cidade, foram acionadas para dar apoio aos agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap). Os policiais permaneceram na unidade até o início da tarde para auxiliar na escolta de 30 presos que foram transferidos provisoriamente para o Presídio Regional de Joinville.

Segundo o diretor da unidade, Anderson Mecca, que assumiu o cargo há dois meses, a manifestação dos presos está ligada a insatisfação com novas normas de segurança e disciplina implantadas recentemente. A intervenção iniciou no dia 18 de fevereiro com a mudança na gestão e implantação de procedimentos de segurança.

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O processo de mudança teve acompanhamento da Justiça e do Ministério Público. Durante esse tempo, pelo menos 40 presos chegaram a ser transferidos para outras unidades do Estado. Segundo Anderson, a UPA precisava de organização e isso deixou os detentos revoltados.

O diretor preferiu classificar a manifestação dos presos como “motim” já que não houve reféns. Eles teriam se aproveitado da ausência de dois agentes prisionais que saíram para escoltar um preso até o hospital, para começar a rebelião. No momento da confusão, havia três agentes dentro da unidade, além de cinco vigilantes terceirizados que fazem a segurança externa.