Detentos que estão no presídio de Lages fazem uma rebelião na manhã desta quarta-feira. As primeiras informações são de que há detentos feridos a bala e que teriam sido atingidos durante o tumulto.
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O juiz corregedor do presídio Geraldo Correa Bastos está em férias, em Florianópolis, mas foi chamado para tentar intermediar o fim da rebelião. Segundo ele, os detentos teriam informado que querem a presença dele para negociar a rendição.
Entre os detentos, a maior parte é da região, mas há presos que foram transferidos para lá e que seriam de alta periculosidade. Um deles é Claudio Vallejos, que aguarda sozinho a extradição em uma cela com capacidade para até oito pessoas. Vallejos não estaria envolvido na ação.
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Afrânio Camargo, esteve no local pela manhã para acompanhar a situação.
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Segndo ele, o tumulto começou por volta de 6h30min, quando os presos da ala C começaram a tumultuar uma revista de rotina. Participaram os agentes do Presídio de São Pedro de Alcântara.
Segundo Camargo, os presos estavam na área descoberta do presídio, onde é feito o banho de sol. Os detentos teriam iniciado a confusão ao começar a agredir os agentes, que teriam reagido com disparos de balas de borracha e armas não letais.
Pelo menos nove presos estariam feridos, sendo que sete foram atendidos ainda na enfermaria do presídio e outros dois encaminhados ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, no centro de Lages.
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O presídio de Lages fica entre os bairros Santa Catarina e Bela Vista, em uma região afastada do Centro da cidade. O acesso ao presídio está sendo monitorado pela Polícia, que revista todas as pessoas que chegam ao local.
Muitos familiares, principalmente mulheres, começaram a chegar logo cedo ao local, apreensivas com as notícias que começaram a ser veiculadas.
Inaugurado em dezembro de 2011, o presídio tem capacidade para 352 presos, mas há 330 internos. É considerado um dos mais seguros de Santa Catarina.
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Esta é a segunda rebelião em menos de uma semana nos presídios catarinenses. Na segunda-feira, os detentos do presídio de Florianópolis também causaram tumulto após uma tentativa de fuga frustrada.
A resposta do Departamento de Administração Penitenciária (Deap) foi a transferência de 70 detentos para diversos outros presídios do Estado.