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O aumento nas vendas de armas no Estado tem relação com o surgimento de um novo profissional, o despachante. Ele agiliza o cumprimento da burocracia e providencia os documentos exigidos pelo Estatuto do Desarmamento. Também marca horários para testes psicológicos e cursos, etapas que consumiam tempo e afastavam os dispostos a comprar um revólver, pistola ou espingarda.
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Por que o catarinense é recordista de compra de armas no país?
Aliado à facilidade criada pelo despachante está o arrependimento da adesão ao desarmamento, analisa o sociólogo Guaracy Mingardi. Ele diz que muitos homens aceitaram argumentos de familiares, principalmente mulher e mãe, para trocar o material pela indenização do governo federal. Mas como o Estado não convence que consegue garantir a segurança, as pessoas voltaram a se armar.
O movimento de crescimento do mercado não está restrito a SC e é verificado em todo o país. A tendência era esperada pelo presidente da Comissão de Segurança, Criminalidade de Violência Pública da OAB-SC, Henrique Gualberto Bruggemann. Mas para ele é uma surpresa o fato de Santa Catarina ser o maior mercado nacional, porque tem índices criminais bem menores do que a média do Brasil.
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O especialista ressalta que o Estado ter uma arma para cada 422 pessoas já é uma relação considerada grande, mas o número se torna assombroso se destacado que apenas os maiores de 25 anos podem ter um revólver.