Complicações no Programa Nacional de Imunizações, do governo federal, que faz a distribuição dos imunobiológicos em todo o país, tem gerado transtornos no Vale do Itajaí. A distribuição de sete vacinas está irregular em cidades como Brusque, Pomerode, Blumenau e Gaspar, que estão tendo que improvisar para garantir a imunização da população.

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De acordo com a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Vanessa Vieira da Silva, o órgão optou por concentrar as doses para fazer uma indicação melhor do uso dos imunobiológicos.

– Hoje é preciso passar por alguns critérios e com isso otimizamos o uso dos soros e vacinas. Ninguém ficou sem até hoje e a gente diminuiu muito o uso. O que significa que nós tínhamos realmente um uso indiscriminado – reforça.

A Dive informa que o desabastecimento parcial ocorre em todo o país e a indicação é que as vacinas multidose sejam feitas através de agendamento.

– As outras vacinas nós estamos recebendo em uma quantidade pouco menor e tentamos suprir aquilo que nos é solicitado, mas estamos evitando fazer campanhas em empresas, por exemplo. A tetraviral, que é uma das vacinas que também está faltando, está sendo substituída pela tríplice viral mais mono de varicela, que era assim antes – ressalta Vanessa, a gerente de imunização da Dive.

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A especialista descarta a possibilidade de epidemias por conta do déficit de vacinas. Para Vanessa o problema é apenas temporário, embora o Programa Nacional de Imunizações não tenha divulgado data para o retorno do abastecimento.

Vacinas que tiveram o abastecimento prejudicado:

BCG (já teve o abastecimento normalizado)

Dada após o nascimento, em uma dose, previne contra as formas graves da tuberculose.

Dupla Adulta

Jovens de 11 a 19 anos e adultos de 20 a 59 anos podem tomar a vacina que previne contra difteria e tétano. O reforço ocorre a cada 10 anos.

dTpa (em falta apenas a DTPA infantil. Os reforços em crianças de 4 anos estão sendo feitos com DTPA adulto)

A dTpa previne grávidas e recém-nascidos contra difteria, tétano e coqueluche.

Hepatite A

A vacina contra a hepatite A começou a ser ofertada ano passado e imuniza crianças na faixa etária de um até dois anos incompletos.

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Hepatite B (abastecimento normalizado)

São necessárias três doses da vacina: a primeira logo após o nascimento, a segunda trinta dias após a primeira, a terceira seis meses após a primeira. Também podem se vacinar jovens e adultos, de 11 a 29 anos, que não foram vacinados na infância.

Tetraviral (está sendo substituída pela tríplice viral + varicela. Sem prejuízo)

A vacina é uma atualização da tríplice viral e consiste na combinação contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.

Vero

Vacina contra a raiva humana.

Fonte: Ministério da Saúde

A situação em cidades do Vale do Itajaí

Blumenau

– Faltam: Hepatite A, Hepatite B, Tetraviral e soros (antiofídico e antirrábico)

– Baixo estoque: BCG e Dupla Adulto

Brusque

– Faltam: Tetraviral

– Baixo estoque: Hepatite A, BCG e DTP (previne contra difteria, coqueluche e tétano e está sendo substituída pela pentavalente)

Gaspar

– Faltam: dTpa, Tetraviral e Hepatite A

– Baixo estoque: BCG, Hepatite B

Pomerode

– Faltam: Hepatite A, dTpa

– Baixo estoque: BCG e DTP