A reivindicação por mudanças no trajeto a ser concessionado foi discutido nesta segunda-feira em Brasília. Seis entidades e cinco deputados da bancada catarinense discutiram com a diretoria do Ministério dos Transportes e da Agencia Nacional Transportes Terrestres (ANTT) o trecho de 460 quilômetros, que abrange as BRs 476, 153, 282 e 480, entre Paraná e Santa Catarina.
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Entidades demonstraram descontentamento com o atual trecho definido que liga o Oeste catarinense com o município de Lapa, no Paraná e não beneficia o desenvolvimento do Estado. Eles pedem que a concessão inclua o Extremo-Oeste e ligue a BR-470, no Vale do Itajaí, Caso contrário, pedem a paralisação do processo atual.
_Queremos rediscutir esse traçado que significa prejuízo para Santa Catarina. O projeto não atende aos interesses do Estado, para isso pedimos a inclusão do Extremo-Oeste na concessão, com prioridade entre Chapecó e Irani, mas sentido a BR-470 e não ao Paraná, como está_ contesta a deputada Luciane Carminatti (PT) que agendou as reuniões.
Durante a reunião com o diretor de Concessões da Secretaria de Fomento do Ministério dos Transportes, Dino Batista, representantes de SC também questionaram a necessidade de duplicar todo o trecho sendo que tornaria o projeto mais oneroso acarretando em um preço alto nas tarifas de pedágio. A solução, segundo Luciane, seria a inclusão de terceiras faixas em alguns trechos.
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Representantes do Governo se comprometeram a dar um retorno às reivindicações em um prazo de 15 dias. De acordo com a assessoria da ANTT, o diretor Marcelo Bruto, representou o diretor-geral Jorge Bastos na reunião e recebeu as contribuições entregues pelos parlamentares de SC.
_ O traçado levando até Lapa, no Paraná é uma aberração e vai implicar perca de competividade. Outra preocupação demonstrada é com o valor das tarifas no trecho da BR-282_ considera Egídio Martorano, secretário executivo da Fiesc.
Segundo Martorano um grupo de trabalho deve se reunir com representantes do Ministério dos Transportes para discutir os planos tarifários dos pedágios e como será feita a exploração dos trechos.
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Paralisar o processo
_Sugerimos que o processo pare ou que incluam a concessão da BR-470 junto ao da BR-282 no processo, para que não tenhamos prejuízo. Na próxima semana vamos construir um grupo de trabalho para acompanhar o processo_lembra Sisi Blind, presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM).
Entenda o caso
A concessão de 460 quilômetros anunciada pelo Governo Federal é composta pelas rodovias BR-476/PR, no trecho entre Lapa e União da Vitória; BR-153, entre União da Vitória e a divisa SC/RS; BR-282, no trecho entre o entroncamento com a BR-153 e o entroncamento com a BR-480; e BR-480, entre o entroncamento com a BR-282 e Chapecó.
Segundo a ANTT o leilão estava previsto para acontecer em janeiro de 2016, mas depende da análise do Tribunal de Contas da União que ainda não tem data para se manifestar. Uma recomendação do Ministério Público Federal pede a suspensão do processo por haver divergências no estudo apresentado. O processo está em análise.
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