Após uma urna eletrônica em Içara, no Sul de SC, apresentar problemas e levar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) a registrar 44 votos em cédulas de papel, 287 eleitores tiveram seus votos anulados pela Justiça Eleitoral do município.
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Ainda no domingo, o advogado do Deputado Dóia Guglielmi (PSDB), Giovanne Dagostin Marchi, entrou com recurso no TRE-SC pedindo por uma nova eleição na seção.
O deputado, que tem base eleitoral em Içara, perdeu a vaga na Assembleia Legislativa por 37 votos. Esta foi a diferença entre ele e Dr. Vicente (PSDB), que poderia ser diminuída ou revertida com os votos da Seção 458.
Militantes do candidato e sua coordenação de campanha buscaram o cartório eleitoral de Içara ainda na noite de domingo.
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São 390 eleitores registrados na Seção 458, na Escola de Educação Básica Tranquilo Pisseti. Pelo menos 59 pessoas desistiram e foram embora.
Segundo o TRE, o número representa uma parte mínima do total no Estado e, por isso, o resultado oficial foi divulgado antes de o problema ser resolvido. O tribunal aguarda decisão da Junta Apuradora – uma comissão formada por juízes eleitorais e servidores – para avaliar a questão.
Técnicos tentam recuperar dados registrados na urna
Os problemas técnicos no equipamento começaram por volta das 15h. A máquina chegou a ser trocada quatro vezes antes de ser decidido pelo voto manual, às 18h. A votação no local só encerrou às 19h10min, mais de duas horas depois do esperado.
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Durante a tarde de domingo, o presidente do TRE-SC, desembargador Vanderlei Romer afirmou diversas vezes que o problema não afetaria os votos registrados na urna anteriormente. À noite, entretanto, técnicos ainda tentavam, sem sucesso, recuperar as informações gravadas no flash card (memória onde são armazenados os votos e o sistema da urna).
Segundo assessoria do TRE-SC, caso os dados não sejam recuperados em Santa Catarina, a memória da urna pode ser lacrada e enviada à Brasília.
Aconteceu em Joinville
Em Santa Catarina, o último registro de votação manual havia sido nas eleições de 2010. Na época, duas urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas pelo sistema manual de votação em Joinville .
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Segundo o TRE, foram os únicos casos desse tipo no Estado naquele pleito. Os 408 votos que já tinham sido registrados nas duas urnas eletrônicas foram anulados, porque os equipamentos apresentaram falhas nos flash cards.