Um dos réus no julgamento desta quinta-feira do Superior Tribunal de Justiça Deportiva (STJD), o presidente licenciado da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim Pádua Peixoto Filho, recebeu apenas uma advertência. O dirigente esteve no STJD devido a declarações fortes contra o presidente do Vasco, Eurico Miranda.

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O mandatário cruz-maltino havia acusado Delfim, que utilizou palavras como “idiota” e “mentiroso”. A pena poderia chegar a seis meses, mas, como o réu é primário, a pena, relativa ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, foi a mínima, de 15 dias. Foi convertida e o mandatário está livre.

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– Sempre fui a vestiário de árbitro e não vou deixar de ir. Controlo árbitros, observo. A arbitragem catarinense é uma das mais importantes. Não vejo problema nenhum de almoçar com árbitros. Sempre fui e desejo boa sorte. Depois que veio a recomendação, cortei, mas esqueci e fui num jogo, aquele da Chapecoense x Vasco, com o mesmo árbitro, inclusive – lembrou Delfim, citando Ricardo Marques Ribeiro, árbitro do polêmico Vasco 1 x 1 Chapecoense, há 15 dias, no Maracanã.

Durante o julgamento, a defesa procurou citar as palavras de Eurico como uma tentativa de desviar o foco da situação ruim do time cruz-maltino no Campeonato Brasileiro. Osvaldo Sestário, que fez a defesa, lembrou até um antigo julgamento no qual Eurico foi réu para fazer a explicação.

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– Estamos tratando de uma pessoa extremamente inteligente quando quer desviar o foco. A defesa, por isso, pede a absolvição de Delfim – resumiu.

Os auditores do STJD, então, consideraram que a troca de ofensas entre Delfim e Eurico ficam na esfera pessoal.

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– A advertência é para que, se há dúvida, que seja posta no papel. Questões pessoais, em outra esfera. Condenamos o réu à pena de advertência – proclamou o presidente da sessão, José Perdiz.

Decepção e gafe de Delfim

Delfim Pádua Peixoto Filho admitiu infelicidade na escolha das palavras, quando questionado pela imprensa após as acusações de Eurico Miranda. mas justificou a revolta com a antiga relação que tem com o mandatário cruz-maltino.

– Foi uma das maiores decepções que tive na minha vida esportiva. Sou amigo do Eurico. Sempre fui. Há mais de 40 anos. Um dia ele foi a Itajaí, almoçamos em Balneário Camburiú – recorda.

Ao citar presenças de Antônio Soares Calçada, histórico presidente do Vasco, em Santa Catarina, o réu afirmou, em um primeiro momento, que o ex-dirigente é falecido. Na verdade, Calçada tem 92 anos. No final da sessão, Delfim se retratou.

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