Ainda consternada, mas com voz firme, a mãe do menino Vitor Pinto, dois anos, Sônia da Silva, 27 anos, apresentou alguns questionamentos à polícia no protesto realizado nesta quarta-feira, em Imbituba, sobre o assassinato da criança no último dia 30 de dezembro. A caingangue falou sobre o medo de que a justiça não ocorra. O delegado Rafael Giordani, responsável pela Comarca de Imbituba, respondeu às perguntas feitas por ela e lideranças que viajaram 12 horas da Aldeia Condá, em Chapecó, para acompanhar o protesto. Cerca de 100 pessoas se juntaram para pedir justiça.
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Índios questionam delegado sobre crime em Imbituba
SOLTURA DO HOMEM QUE A MÃE RECONHECEU
Não, a soltura ocorreu de um homem inicialmente reconhecido de forma equivocada. O que está preso desde o dia primeiro de janeiro é o que tudo indica ser o autor do crime.
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OUTRA TESTEMUNHA, O TAXISTA
Os testemunhos estão sendo colhidos. Tudo caminha para o cidadão que está preso ser o autor do crime.
SOBRE ACAREAÇÃO
Acareação não é o caso. Vamos fazer um termo de reconhecimento ( objetos) para legitimar mais a situação desse cidadão que está preso.
VIOLÊNCIA ANTES DO ASSASSINATO
Meses atrás houve prisão em flagrante por violência doméstica ( lesão corporal) em relação a mãe e ao pai do homem que está preso. Pode ser um cidadão com algum distúrbio psicológico ou psíquico.
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SURTO, LOUCURA OU PRECONCEITO?
Não tem nenhum indício que leve a polícia a entender que se trate de um viés de crime racial, mas algo inexplicável até para mim, e nós estamos tentando explicar o inexplicável.
ÍNDIO TERIA DEFESA SE MATASSE UMA CRIANÇA BRANCA?
Teria defesa, pode ter certeza. Todos teriam defesa.
A HIPÓTESE DE TRANSTORNO MENTAL E O INQUÉRITO PODE LEVAR O ACUSADO PARA AS RUAS?
No inquérito policial, a princípio, isso é descartado. Futuramente isso pode ocorrer na via judicial. Eu acho difícil, porque uma pessoa que cometeu uma atrocidade como essa, penso eu, que o Judiciário teria que, constatado isso, internar em um manicômio judiciário, local que seria mais adequado para o cumprimento da pena.
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