O delegado regional de Joaçaba, Daniel Sá Fortes Régis, concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira para detalhar as investigações sobre a morte da adolescente Mariane Telles, 17, no Meio-Oeste catarinense.
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O corpo da jovem foi encontrado nesta quinta-feira em um matagal na cidade de Jaborá. A investigação do desaparecimento mobilizava policiais civis da região e também chegou a investigadores da Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Santa Catarina, com sede em São José.
Confira o que declarou o delegado:
Como a polícia chegou ao corpo?
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Régis: Um grupo de meninos que procurava pinhão achou um corpo, em princípio sem identificação. Os indícios nos indicavam que poderiam ser de Mariane. Estivemos no local com o IGP, fizemos o recolhimento e no final da tarde de quinta-feira o IGP confirmou através de reconhecimento de arcada dentária que era mesmo ela.
O local é de difícil acesso?
Régis: Sim, bastante difícil. Um veículo só consegue chegar a cerca de 80m do local, o que nos demonstra que a menina foi colocada lá propositalmente. O corpo estava exposto, e isso indica que o autor quis eventualmente esconder, mas tinha pressa para sair da área.
Já há suspeitos?
Régis: Existe uma investigação em curso pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joaçaba desde os primeiros dias, quando tratávamos o caso como desaparecimento. Agora, tratamos como homicídio. Mas em casos de grande repercussão como este a polícia tem protocolos próprios para atuar, em sigilo, para que a autoria possa ser identificada. O IGP ainda faz coleta de dados e iremos ao local onde o corpo foi encontrado outras vezes. Quando tivermos oportunidade de apresentar algo, será feito.
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Sabe-se se o criminoso seria da região ou de fora?
Régis: Existe a possibilidade de o autor conhecer a região, mas também se acredita que o crime possa ter ocorrido ao acaso. Ainda não se pode descartar nenhuma linha de investigação.
O local do crime está isolado?
Régis: Sim, é um local de crime e está sendo vistoriado. Ainda fazemos levantamentos na área, pois elementos de informação ainda podem ser colhidos para nos ajudar a identificar a autoria.
Há orientações para pessoas e entidades que possam colaborar, com imagens de câmera de segurança, por exemplo?
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Régis: Neste momento, absolutamente todas as informações que puderem chegar à policia serão filtradas e checadas. A comunidade pode e deve ajudar o trabalho policial.
Enterro e missa de Mariane ocorrem nesta sexta-feira
O velório da jovem ocorreu na Igreja Luterana de Joaçaba, na Rua Martinho Lutero. Às 9h foi celebrada uma missa e o caixão foi conduzido ao município de Rio das Antas para o sepultamento.