O delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, Rubem Antônio Teston da Silva, mostra-se otimista quanto ao andamento das investigações sobre o assassinato da menina Ana Carolina Alexandre Sorato, de 5 anos, em Tubarão, no último domingo. Segundo Teston, graças às denúncias da população, foram apreendidos dois veículos, duas armas, crack embalado para a venda, dinheiro, celulares e seis pessoas diretamente envolvidas com o crime.
Continua depois da publicidade
Leia mais
:: Criança morre dentro de carro alvejado por 12 tiros, em Tubarão
:: Corpo de menina assassinada é escoltado por risco aos familiares em velório
Continua depois da publicidade
:: Polícia diz que menina assassinada foi vítima do tráfico de drogas
Confira os principais trechos da declaração do Delegado:
Como foi a operação que resultou nas apreensões?
– Recebemos informações pelo 197 e fomos a campo buscar saber todos os envolvidos no fato. Percebemos que quem participou de forma ativa no crime, ao perceber que matou uma criança, se preocupou em sair de Tubarão. Foram para a praia do Sol, alugaram um apartamento. Lá havia homens, mulheres e crianças. Sabendo que no local estavam fortemente armados, em guarda de entorpecentes, ingressamos no imóvel e encontramos exatamente as pessoas que tínhamos a informação.
Quem são os apreendidos?
– Sâo três homens e três mulheres, sendo uma menor de idade. Estão todos envolvidos com o PGC de diferentes maneiras. As mulheres são cônjuges de pessoas, até líderes, que já foram apontadas em investigações anteriores como pertencentes ao grupo.
Quais as acusações contra eles?
– Foram conduzidos à Divisão de Investigação Criminal pelo crime de posse ilegal de arma de uso restrito, associação criminosa armada, corrupção de menores, entre
Continua depois da publicidade
outras situações que serão mais bem descritas futuramente, seis pessoas. Três homens e três mulheres. Uma delas é menor de idade. Foi lavrado auto de prisão em flagrante aos maiores e a menor foi encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente.
Alguém confessou envolvimento?
– É comum não confessarem nesses casos de morte de criança. Quem ingressa em um presídio com uma pena dessa não é aceita. Felizmente toda a sociedade vê isso como algo terrível. Nós também, por isso vamos a campo com toda força.
Armas apreendidas
– Temos uma pistola 9 mm, por exemplo, que, ainda que informalmente, o perito nos disse que foi usada no homicídio da criança. Ainda dependemos do confronto balístico e outras provas para podermos dar uma resposta indubitável até nosso prazo final. Há também uma .380.
Continua depois da publicidade
Veículos apreendidos
– Próximo ao local da prisão, na praia do Sol, tivemos notícia do abandono de um Fiesta da cor preta, com placas de Joinville. Esse veículo vai ser periciado e investigado. Temos grande esperança, já que testemunhas viram um carro assim no momento do crime. Outro veículo também foi apreendido.

Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação
Relembre o caso
Ana Carolina, de cinco anos, morreu baleada no final da tarde do último domingo (25). De acordo com a PM, a menina estava sentada numa cadeirinha no banco de trás de um Renault Logan quando o carro foi alvejado por 12 tiros. A criança foi baleada com um tiro no rosto e outro no pescoço. Segundo a polícia, o alvo da facção seria o pai da menina, que não estava no carro e sofreu tentativa de homicídio em 2013.