Nesta sexta-feira, o Ministério Público divulgou a denúncia contra Danilo Bandeira Valdetaro, Delegado de Polícia Civil da Comarca de Forquilhinha, pela prática de homicídio qualificado. A denúncia partiu da conclusão de inquérito policial sobre a morte de Douglas Milanez da Rocha, de 22 anos, baleado em abordagem policial em 5 de julho, em Forquilhinha. Caso julgado procedente o pedido formulado pelo Ministério Público, o delegado, temporariamente afastado de suas funções por problemas de saúde, deve ir a júri popular.
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Gabriel Ricardo Zanon Meyer, promotor de Justiça, afirma que o crime foi cometido como dolo eventual, ou seja, quando não há intenção de matar, mas assume-se o risco de fazê-lo. O crime foi considerado qualificado devido à impossibilidade de a vítima se defender, sendo que o disparo foi efetuado pelas costas. O delegado também cometeu abuso de força policial.
Não houve provas do envolvimento no crime dos outros dois policiais que acompanhavam o delegado, resultando em arquivamento do inquérito contra eles.
O caso
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O eletricista Douglas Milanez da Rocha, de 22 anos, levou um tiro em uma ação policial em 5 de julho, em Forquilhinha, por não obedecer à ordem de parada de policiais que estavam em viatura descaracterizada. O jovem morreu duas horas depois, no hospital.
O delegado regional de Criciúma, Jorge Koch, informou que os policiais viram o motociclista empinando a moto no Bairro Saturno e que o delegado Danilo, que estava como caroneiro da viatura, pediu para os policiais acompanharem a moto. Afastados da delegacia de Forquilhinha, os envolvidos na morte de Douglas foram removidos para atuar em Criciúma.
No dia 8 de julho, cerca de 100 pessoas protestaram com cartazes nas ruas da cidade pela morte do rapaz. Os manifestantes foram em frente à prefeitura e seguiram até à delegacia de polícia com gritos de indignação pela atitude dos policiais e do delegado envolvidos na morte.
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