A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) pediu nesta sexta-feira a prisão preventiva de cinco envolvidos na morte da agente penitenciária Deise Alves. O inquérito do assassinato que vai completar dois meses no próximo dia 26 ainda não foi concluído. Ainda não há provas contra o principal mandante.

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Os pedidos de prisão preventiva de Fabrício Rosa e Marciano Carvalho foram encaminhados nesta sexta-feira à 1a Vara Criminal de São José. Rosa é apontado como um dos mandantes da morte da agente Deise. A polícia informou que ele forneceu a arma do crime e que Marciano disparou os tiros contra a agente.

Os dois continuam detidos na carceragem da Deic desde sua prisão temporária, dia 30 de outubro. A prisão foi renovada em 30 dias e vence no Natal.

A preventiva de outros três envolvidos que estão com prisão temporária decretada e, portanto, foragidos, foi pedida nesta sexta. A participação deles, inicialmente, é na execução da agente. Um deles está foragido em São Paulo.

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Informações extra-oficiais apontam que dois dos três executores queriam fazer uma festa de comemoração no dia seguinte a morte de Deise. Testemunhas estão entre as provas que incriminariam esses executores.

_Outras diligências estão programadas. A parte da execução está concluída. Falta o mandante_disse o diretor da Deic, delegado Akira Sato, em coletiva de imprensa nesta sexta, na Deic.

Sobre a motivação do crime, a Deic confirmou que a agente Deise morreu no lugar do marido, o ex-diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. O motivo seria o estilo de trabalho de Carlos.

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_Ele era diretor do presídio mais difícil de Santa Catarina, conhecido como linha fácil (lugar de regalias). O Carlos acabou com isso, ele era linha dura_observou a diretora-adjunta da Deic, delegada Ana Claudia Ramos Pires.

A Polícia Civil suspeitava, em novembro, que a ordem para matar Carlos teria partido de São Pedro, onde estão lideranças da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

Policiais civis que participaram das investigações afirmam que o mandante é um dos líderes do PGC, que na época do crime estava em São Pedro e agora está preso em Criciúma. O criminoso também seria um dos mandantes dos ataques de novembro em Santa Catarina.

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