As mais de sete horas que Jac Souza Santos manteve um refém em um hotel de Brasília foram, na verdade, uma estratégia para chamar atenção da imprensa para a política e a corrupção no Brasil.
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Segundo o advogado de Santos, Carlos André do Nascimento, ele acordou disposto a fazer algo que chamasse atenção, mas que não pensava em ferir ninguém. A arma e os explosivos apontados para o refém eram falsos – os supostos explosivos eram, na verdade, tubos de PVC cheios de areia..
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– Ele disse que está insatisfeito com a política, que está incomodado com os candidatos ficha suja que estão concorrendo. Ele já acordou disposto a fazer algo que chamasse atenção – disse Nascimento.
Segundo o advogado, Santos abordou primeiro uma camareira, porém a libertou e escolheu outra vítima, o mensageiro Ailton, que teria condições de suportar a pressão do episódio.
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A defesa também informou que, conforme relatos de familiares, Santos sofre de algum transtorno e já teria tentado suicídio. A defesa aguarda laudos para justificar que Santos não responde por seus atos.
Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a carceragem da 5ª Delegacia de Polícia Civil, na região central de Brasília. Ele será indiciado por sequestro agravado.
– O agravante é pela pressão moral que a vítima sofreu. Ela (a vítima) achava que seria alvejada ou explodida a qualquer momento – explica o delegado Paulo Henrique Almeida, diretor de comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal.
*Zero Hora