A advogada de Marcelo Buss Bernardes, padrasto do menino Ítalo Fernandes de Mattos, de um ano e sete meses, que morreu de traumatismo craniano na madrugada de sábado, disse na noite de terça que vai entrar ainda nesta quarta com um pedido de liberdade provisória de seu cliente.
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Segundo Amália Reiter Kleinowski, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e outros documentos do processo serão usados para embasar o pedido.
Segundo ela, o relaxamento da prisão de Marcelo, negado no fim de semana no plantão da Justiça local, deve ser revisto.
– De posse do laudo e de outros documentos, vou pedir a liberdade provisória do Marcelo. Não há provas. Há só suspeitas -, disse a advogada nesta terça à noite.
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Marcelo está preso desde o fim de semana. Ele estava sozinho em casa com o bebê, na madrugada de sábado, e disse à Polícia Civil que o menino caiu e vomitou. Ele não teria levado o menino imediatamente ao médico porque não tinha os documentos da criança em mãos. Ítalo morreu horas mais tarde. Segundo o IML, a causa foi traumatismo craniano.
Pai pede Justiça
Terça à tarde, o pai de Ítalo, Leonardo Merino de Mattos, disse que vai lutar até o fim por justiça.
– Meu filho morreu por negligência se é que foi por acidente -, disse.
O pai voltou a dizer que, no dia 15 de fevereiro, procurou o Conselho Tutelar para fazer uma denúncia e pedia a guarda do filho.
– Comecei a desconfiar porque, quando buscava a criança nos fins de semana ele, que sempre foi esperto e cheio de vivacidade, apresentava sinais desânimo e desatenção, estava com os olhos fundos, como se tivesse chorado. Ele também não estava ganhando peso e nem altura, como mostra a carteirinha do posto de saúde.
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De acordo com o coordenador do Conselho Tutelar Norte, Ailton Santos Figueredo, todas as providências que competem ao órgão foram tomadas logo após a denúncia do pai.
– Como o caso corre em segredo de Justiça, o Conselho só vai se manifestar sobre o assunto mediante autorização judicial -, disse para a conselheira Vanessa Giovanello.
Ela explica ainda que o órgão “apenas recebe as denúncias e notifica as partes envolvidas, para verificar a veracidade dos fatos, e então encaminha o caso às autoridades competentes.”
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