A autópsia do corpo do menino Ítalo Fernandes de Matos, de um ano e sete meses, que morreu na madrugada de sábado para domingo, em Joinville, confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano.

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– Acompanhei o exame e a criança apresentava hematomas na parte frontal e posterior da cabeça, compatíveis com o impacto em uma superfície plana, como o chão, uma mesa ou parede. Mas as circunstâncias, para saber como a criança se feriu, ainda não foram esclarecidas -, diz o delegado Vanderson Alves Joana.

Agora, a polícia tenta descobrir qual foi responsabilidade do padrasto da criança, Marcelo Buss Bernardes, na morte de Ítalo. Marcelo está detido no Presídio Regional de Joinville desde sábado, suspeito de negligência, por não ter levado o bebê imediatamente para o hospital. Para o delegado Alves, ainda não está descartada a hipótese de indiciamento por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

– Ele disse que a criança estava brincando quando teria caído de uma cadeira, batido a cabeça na mesa e depois no chão -, afirma o delegado.

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A situação descrita é compatível com os ferimentos apontados pelo laudo assinado pelo médico Elemar Fachinello Nichele, mas ainda não está claro se, sozinha, a criança poderia ter se ferido tão gravemente. Por isso, Alves solicitou uma série de exames laboratoriais e uma perícia do local.

– É possível que também seja feita uma simulação no local, para tentar reconstituir a queda -, diz.

– Como a rotina da criança era dormir às 22 horas e acordar às 8 horas, e o fato ocorreu por volta da uma hora da madrugada, há uma suspeita de que ele possa ter jogado a criança -, diz Alves.

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Além disso, segundo o delegado, o Conselho Tutelar já tinha recebido denúncias de supostos maus tratos, o que ainda será investigado durante o inquérito.

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