Dois dias após a ressaca que atingiu a orla da praia de Canasvieiras, em Florianópolis, a Defesa Civil Municipal dá início ao trabalho de recuperação da faixa de areia. A partir das 14h desta quarta-feira, 24, uma força-tarefa emergencial começa a fazer a remoção dos escombros para, em seguida, fazer a recuperação da iluminação pública e das vias de acesso à praia.
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De acordo com o diretor da Defesa Civil de Florianópolis, Luiz Eduardo Machado, agentes estiveram no local ontem e fizeram a primeira avaliação dos estragos: danos nas rampas e escadas de acesso à praia, postes de iluminação, e muros e varandas de residências e comércios. Com o recuo do nível do mar, nesta quarta-feira, moradores e poder público podem dar início aos trabalhos de recuperação.
— Todo esse material de ruína se encontra na faixa de areia e precisa ser removido imediatamente. Se ficar ali, os escombros vão ser cobertos pela areia, mas, em algum momento, serão expostos novamente. Esse não é um material natural, precisamos fazer a remoção para evitar acidentes no futuro — afirmou Machado.
À princípio, nenhuma edificação precisou ser interditada pela Defesa Civil, mas uma nova avaliação dos danos poderá alterar esta situação, já que novas ressacas ao longo do inverno poderão levar ao desabamento das estruturas já danificadas. Ainda segundo Machado, haverá uma conversa entre diferentes setores do poder público para ver como a recuperação poderá ser feita, já que as construções estão dentro da faixa de areia.
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— Precisamos ver a legalidade da autorização dos reparos, porque estão em área de Marinha e dependem de licenciamento ambiental. A reconstrução dos locais precisa ser avaliada, porque isso pode voltar a acontecer no futuro — comentou Machado.
O morador de Canasvieiras Eduardo Santos, de 30 anos, conta que os estragos foram tão grandes, que ainda não foi possível fazer um levantamento do prejuízo causado pela ressaca.
— Só o tempo dirá quão grande foi o prejuízo. Quem perde mais com isso são os moradores e os turistas, porque a situação na praia está bem feia. Não há estrutura alguma. Precisamos de uma força-tarefa urgente, em conjunto com o poder público, para fazer a recuperação o mais rápido possível — afirmou.
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Tendência é de melhora nas condições do mar
Paralelamente aos trabalhos de recuperação iniciados pela Defesa Civil Municipal, a Defesa Civil Estadual continua seu trabalho de monitoramento e emissão de alertas para novos riscos de ressaca no litoral catarinense. Segundo o gerente de monitoramento e alerta, Frederico Rudorff, a tendência é de que haja uma “trégua” nos próximos dias.
— Estamos percebendo uma diminuição do nível do mar. A ondulação ainda permanece alta até amanhã, mas começa a diminuir no sábado. Assim, o risco de novas ressacas também diminui. O que temos é uma condição de tempo úmido, então estamos monitorando o risco de deslizamentos em consequência das chuvas — afirmou Rudorff.