A construção do acesso à ponte entre as ruas Walter Marquardt, no bairro Rio Molha, e João Januário Ayroso, no Jaraguá Esquerdo, continua parada. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) concedeu liminar favorável aos donos de um terreno no bairro Jaraguá Esquerdo onde deverá ser a cabeceira da ponte.

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A família recorreu depois que a juíza de Jaraguá do Sul, Candida Brugnolli, autorizou a administração a desapropriar, no mês passado, parte do quintal da moradia. Os donos não concordaram com o valor oferecido pelo imóvel.

A parte do terreno que a Prefeitura precisa para fazer o acesso do lado do Jaraguá Esquerdo é de R$ 270 m². Em junho, um perito designado pela Justiça orçou a área em R$ 234 mil. A família conta que contratou um perito de Blumenau e que ele avaliou que a o espaço valeria o dobro do apontado na perícia judicial.

O filho dos donos, Max Roberto Junkes, alega que o perito indicado pela Justiça seria engenheiro e não estaria qualificado para fazer a avaliação, ao contrário do profissional contratado por eles, que tem cerca de 30 anos de experiência na área. Segundo ele, o imóvel na rua João Januário Ayroso tem área total de 1,4 mil m² e está avaliado em cerca de R$ 1,4 milhão.

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O secretário de Urbanismo, Ronis Bosse, afirma que família teria pedido a desapropriação de todo o terreno, mas que a administração não tem interesse. Max afirma que foi a Prefeitura que sugeriu que o imóvel fosse desapropriado por completo, no começo do ano, mas que depois a administração voltou atrás.

A construção dos acessos nos dois lados da ponte custará R$ 1,1 milhão e o prazo de execução é de 90 dias. Também falta a empresa Engedal, de São José, que é responsável pela construção da ponte, fazer a complementação da cabeceira de um dos lados da ponte, de sete metros.

Como a obra depende da desapropriação, a construtora decidiu desmontar o canteiro de obras no terreno da ponte e voltar para terminar o serviço quando o impasse judicial for resolvido. Funcionários disseram que estão parados há 40 dias e que o trabalho levaria 20 dias para ficar pronto.

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Entrega está atrasada um ano

A Prefeitura busca financiamento do Badesc (Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina) para construir os acessos da chamada “ponte do curtume”. A administração municipal pretende abrir licitação para fazer a obra do lado da rua Walter Marquardt assim que o financiamento for liberado.

A ponte começou a ser construída em julho do ano passado e deveria ter sido entregue em dezembro do mesmo ano. A estrutura tem 100 metros de comprimento e 17 metros de largura e está orçada em R$ 3,045 milhões.

Apesar de a passagem não estar pronta, a aposentada Matilde Trajano, 60 anos, usa a ponte pelo menos duas vezes por semana para encurtar o caminho entre o bairro Rio Molha, onde ela mora, e o Jaraguá Esquerdo.

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– Se eu der a volta, vou levar uns 20 minutos. Se eu passar por aqui, demoro cinco – comenta.