Quatro oceanógrafos decidiram que podia ser uma boa ideia abrir uma empresa que usasse como principal ferramenta microalgas de água doce e salgada. Dois amigos perceberam que os jovens estavam cada vez mais assistindo vídeos na internet – e menos aquela programação pré-estabelecida da tevê.
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Estímulo à tecnologia pode revitalizar o centro histórico de Florianópolis
Esses são apenas dois exemplos das dez startups catarinenses selecionadas pelo programa Darwin Starter, que divulgou a lista das escolhidas para receberem apoio financeiro, recursos para ferramentas e ficarão reunidas os próximos seis meses no Sapiens Parque, em Florianópolis.
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Os dez negócios inovadores receberão investimentos de até R$ 500 mil, entre consultorias, serviços, ferramentas e um aporte de até R$ 150 mil. Em troca da aceleração, as empresas cedem de 5% a 20% de participação acionária para o programa, que conta com recursos da Cventures, Sebrae e FIESC, além de investidores anjos interessados.
– Olhamos timing da tecnologia, time e tamanho da oportunidade do negócio, a capacidade de ser relevante dentro do mercado que está entrando ou até criando – disse o coordenador do projeto, Marcos Mueller, da Cventures.
Conheça as dez escolhidas
O que faz? Oferece uma ampla gama de soluções (desde antioxidantes para consumo humano ou animal, ao ser incluído nas rações) até a limpeza de resídios com alta toxicidade, que geram ao final biomassa e água para reuso. Tudo isso usando microalgas, biotecnologia.
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O que faz? Oferece uma ferramenta para trabalho em equipe, atendimento ao consumidor e integração com o e-mail. Soluções para cumprir prazos e nunca deixar de atender as demandas de clientes. Também ajuda no gerenciamento de projetos.
O que faz? Surgiu como uma produtora de vídeos especializada em internet. Mas acabou se desenvolvendo como uma agregadora de canais do Youtube, captando talentos e impulsionando o surgimento e um novo tipo de programação audiovisual.
Hórus Aeronaves (Florianópolis)
O que faz? A Hórus Aeronaves utiliza drones para várias funções. Uma das mais inovadoras é bater fotos aéreas para criar mapas em alta definição. A área que pode ser uma fazenda ou uma área de mineração, mas pode servir também para mapear reservas ambientais.
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O que faz? Solução que integra o celular a serviços de valet parking e estacionamentos. A pessoa pode, ao pedir a conta em um restaurante, por exemplo, pedir que seu carro seja buscado. Na hora de sair, já vai estar na porta esperando. O processo ganha tempo e eficiência.
O que faz? É uma plataforma que ajuda a substituir o velho “carderninho de vendas” por uma aplicativo no celular. Mira vendedoras que trabalham com atendimento direto, como nos produtos da Natura e da Avon, por exemplo. Além de fazer controle de estoque, permite criar relatórios.
O que faz? Mais específico para empresas de tecnologia, equipes de QA e Gestores de TI e projetos que utilizam a plataforma de sistemas ERP SAP com customizações. Ajuda a acompanhar a qualidade desde o início do desenvolvimento dos projetos.
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O que faz? Plataforma que ajuda blogueiros a monetizar o seu trabalho. Ajuda pessoas que querem começar a ganhar algum dinheiro com aquele site que começou como hobby mas, do nada, passou a ter 10 mil, 100 mil acesso por semana. Pode deixar de ser o plano B e virar o A.
O que faz? Startup que mira o sistema hoteleiro, possibilitando o serviço de locação de bicicletas para os turistas que fiquem hospedados nos locais. Está mirando as Olímpiadas do Rio de Janeiro em 2016 e já fechou contratos com estabelecimentos da cidade.
O que faz? Oferece uma solução que permite ao cliente das lojas (virtuais ou não) receber o atendimento sobre o produto que comprou por videoconferência. Dá até para mostrar a parte que chegou quebrada pelo correio.
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Biotecnologia gera novos ciclos de produção
Um dos oceanógrafos que criou a startup de biotecnologia Brastax é Murilo Canoba, de 25 anos. Ele e mais dois colegas começaram os trabalhos a partir das pesquisas do colega Lucas Marder, de 24 anos, que já pesquisava microalgas.
Os quatro juntos desenvolveram várias tecnologias. Desde cápsulas para consumo humano, que prometem retardar o envelhecimento com uma substância chamada astaxantina – antioxidante que tem seis mil vezes mais poder de antioxidação que a Vitamina C -, até uma variação da mesma substância que pode ser acrescentada à ração de criações de porcos, aves ou bovinos, para suplementar e garantir melhores resultados.
– O que nós estamos fazendo é utilizar efluente industrial, que nada mais é do que água e nutriente, fazemos com que as microalgas cresçam nesse substrato e gere biomassa e o antioxidante. E, acima de tudo, tem um benefício secundário que é a geração de água para reuso industrial, porque as algas fazem a limpeza desse resíduo – explica Canoba.
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Tecnologia também fora do virtual
As selecionadas para o programa mesclam soluções virtuais e produtos físicos. A Hórus Aeronaves, por exemplo, fabrica drones e fornece serviços com esse maquinários robótico que produz. Já a startup PraVender fornece uma ferramenta online que ajuda pessoas que façam venda direta, como vendedoras de cosméticos, a controlarem seu estoque de produtos, além de fazer relatórios de como estão as vendas. Ideias que devem avançar alguns passos nos próximos meses.
– A ideia é que andem de duas a três vezes mais rápido durante esse período de aceleração do que andariam sozinhas no mercado – explica Mueller.
É o que espera a DiaEstúdio. A empresa é ao mesmo tempo uma produtora de vídeos para a internet e uma agregadora de canais do Youtube. Foi selecionada no ano passado para ser uma das cinco únicas do país, e faz uma espécie de “curadoria” na seleção de conteúdos promissores, que são convidados a integrar a rede de programas – e passam a receber mais pela publicidade no site.
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– Queremos fazer como fizemos com o canal “Depois das Onze”, que pegamos as meninas com 10 mil views mensais, levamos para o estúdio, produzimos e hoje elas fazem um milhão e 700 mil views por mês – conta Andressa Mafra, uma das sócias da empresa.
O projeto começou em 2012 com um canal de vídeo, do Rafael Dias: o “Programa de 1 Cara Só”. Hoje, como startup, cresceu 300% no último trimestre e, somando todos os vídeos dos 25 canais que tem no Youtube, foi assistido 10 milhões de vezes no último mês.
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Novas etapas
A expectativa é que após este primeiro ciclo de aceleração, até dezembro, novas seleções sejam realizadas, dando sequência ao processo de consolidação e “seleção natural” de novos negócios inovadores em Santa Catarina.
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Uma nova seleção está prevista para o início do ano que vem e a ideia é que haja outra ainda no segundo semestre de 2016. O Darwin Starter é uma iniciativa da Cventures, em parceria com Sebrae, FIESC, Sapiens Parque, Celta e Fundação Certi.