A diretoria tentou fazer mistério sobre o técnico contratado após a derrota do Criciúma para o São Paulo, que eliminou o clube da Copa Sul-Americana, mas não adiantou. Ao fim da tarde desta sexta-feira, quando o presidente Antenor Angeloni, apresentou o técnico, Gilmar Dal Pozzo, que chegou 12 dias após a demissão de Wagner Lopes, apenas confirmou o que a imprensa já sabia desde a noite de quinta-feira.

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A diretoria do clube reuniu a imprensa local no escritório das empresas Angeloni para ouvir as palavras do presidente e, então, trouxe o técnico, que recebe a missão de comandar o Criciúma nas 20 rodadas restantes do Campeonato Brasileiro.

– O sentimento é de alegria e de orgulho, poder representar, poder comandar um clube dessa grandeza. Um clube de uma representatividade a nível nacional e fora do país, com uma torcida apaixonada, que não para de gritar um minuto no estádio. É um orgulho muito grande. Espero retribuir com trabalho, conquistas e com a meta principal, que é a busca de resultados – disse Dal Pozzo.

O técnico de 45 anos, natural de Quilombo, no Oeste de Santa Catarina, assumiu a Chapecoense em 2012 e tem experiência de dois acessos com o clube. Ele declarou que foi sua história de coragem que o fez topar comandar o Criciúma depois de o clube receber recusas de nomes como Renato Gaúcho, Dorival Jr., Celso Roth e Enderson Moreira.

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– A palavra medo não é comigo. Pelo contrário, eu tenho muita coragem. Meu histórico, minha vida, é de muita coragem. Foi por isso que eu aceitei (comandar o Criciúma), porque eu sou de muita coragem – conta.

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Sua experiência de seis jogos no comando da Chape na Série A, entretanto, é parecida com a do Criciúma nos últimos oito jogos: de jejum, que Dal Pozzo espera quebrar em sua estreia, contra o Corinthians, às 16h deste domingo, no Estádio Heriberto Hülse.

– Quem sabe chegou a hora. Estou torcendo e vou trabalhar pra isso – concluiu.

Além disso, ele afirma que pode ser o treinador com perfil linha dura que o Tigre precisa para mais uma vez lutar contra o rebaixamento.

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– Eu sou um homem de paz, mas estou preparado para a guerra. Se tiver necessidade eu sou pulso firme e vou fazer isso tranquilamente – comentou.

Junto com o técnico, vem o auxiliar Lucianinho, ex-atacante que foi campeão catarinense com o Criciúma em 1998 e que trabalha com Dal Pozzo há seis anos. O treinador ainda deve definir um preparador físico e mais um integrante para a comissão técnica.