Eu sempre usei aquele discurso de que o homem leva muitas vantagens sobre a mulher, porque ele pode fazer muitas coisas que a gente não pode, como, por exemplo, xixi em pé. Esta é sem dúvida uma grande vantagem, principalmente quando precisamos usar banheiros públicos (nem sempre limpinhos como desejaríamos), ou sentimos uma necessidade incontrolável de aliviar a bexiga à beira de uma estrada… Para o homem é muito mais fácil, não há dúvidas. Porém, depois deste calorão todo que está fazendo, preciso dar a mão à palmatória: pelo menos para andar na rua e sair para trabalhar, está sendo bem mais vantajoso ser mulher.

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Nós, as meninas, podemos trabalhar de vestidos, saias, blusinhas leves, bermudas e até shorts. Aliás, cá entre nós, há algumas que abusam desta prerrogativa… Tem mulher que vai para o emprego vestida como se estivesse à caminho da praia. Aí já é demais, né? Não dá para exagerar também. Enquanto isso, os coitados dos homens – pelo menos a maioria deles – ainda precisa trabalhar de calças compridas, porque as empresas não permitem o uso do bermudas, com raras exceções, mesmo neste verão onde a sensação térmica chega perto dos 50ºC. Eu tento, mas juro que não consigo entender o porquê desta discriminação. Mulher de short e minissaia pode e homem de bermudas não? Qual a explicação?

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Apoio totalmente o “movimento dos sem calça” que começou no Rio de Janeiro, pedindo a liberação do uso das bermudas no trabalho. Claro que há casos e casos e que nem todos os profissionais podem se vestir tão à vontade, em todos os ambientes. Mas daí seria uma questão de bom senso das empresas de estipular quando e quem poderia usar vestimenta mais adequada enquanto não voltarmos a ter uma temperatura “civilizada” por aqui.

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Terça-feira, no Rio de Janeiro, um funcionário do Centro Administrativo do Estado, cansado de pedir para ir trabalhar de bermudas, sem sucesso, decidiu usar uma saia da mulher (não era curta, ia até os joelhos). Como a saia não é proibida, o administrador do prédio liberou sua entrada. Colocou sua foto no Facebook e muita gente curtiu a ideia. Quem sabe essa moda pega? Pelo menos é mais fresquinho…

Facebook / Reprodução