Após diversas negociações e uma visita da comitiva brasileira até a Coreia do Sul, o governo do país asiático decidiu que importará carne suína de Santa Catarina. A decisão foi tomada pelo diretor da Agência de Quarentena Animal e Vegetal (Qia), Bong-Kyun, e comunicada ao governador do Estado, Raimundo Colombo, na sede do órgão, em Gimcheon na manhã desta segunda-feira, horário local. Agora, de acordo com as autoridades sul-coreanas, faltam apenas questões administrativas a serem tratadas entre os Ministérios da Agricultura da Coreia do Sul e Brasil.

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Além de ser responsável pelo abate de 27,5% dos suínos do país, Santa Catarina conta hoje com um rebanho de 7 milhões de porcos e mais de 200 milhões de aves. Com a nova exportação à vista, o governo projeta a venda de pelo menos 30 mil toneladas por ano da carne.

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Em fala no encontro da reunião que anunciou a decisão, Raimundo Colombo, lembrou ainda que o Estado detém também o selo de área livre de peste suína.

— [SC] conta ainda com 10 mil granjas de produção e é o único estado do país com zona livre de febre aftosa certificada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) — ressaltou Colombo.

A Coreia do Sul, que é o terceiro maior mercado do Brasil na Ásia e o sétimo no mundo, importará pela primeira vez o produto de uma região e não de um país. Na reunião desta manhã o diretor-geral de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Kim Dukho, parabenizou o Estado pelo ótimo desempenho e status sanitário.

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— Chegamos a conclusão que Santa Catarina tem êxito na área de sanidade animal, principalmente em relação aos controles de febre aftosa e da peste suína clássica — afirmou Dukho.

Para o secretario da Agricultura, Moacir Sopelsa, Santa Catarina deu um passo muito grande com a conquista do mercado sul-coreano, que deve ocorrer em breve.

— A vinda do governador Colombo à Coreia do Sul foi importante e mostrou o compromisso do estado de manter o status sanitário, garantindo assim as exigências sul-coreanas para a liberação final do certificado — salientou Sopelsa.

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Negociações

Das oito etapas, seis delas já foram cumpridas. As duas últimas preveem a inspeção e habilitação dos frigoríficos catarinenses e a negociação comercial entre os dois países.

Após as últimas reuniões no país, antes de retornar para Seul, o governador de SC memorou a decisão.

— Agora, temos uma última etapa a vencer que é a visita e a inspeção nos nossos frigoríficos e, a partir daí, ampliar a geração de empregos e desenvolver ainda mais o estado. É o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos produtores, pelas agroindústrias, pelos técnicos e pelo Governo que investe no controle sanitário — disse Colombo.

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