Integrantes da Ocupação Amarildo de Souza, na margens da SC-401, no Norte da Ilha, relatam que estão sofrendo ameaças e intimidações desde a última semana. Foram ao menos duas situações que deixaram os coordenadores preocupados com a segurança e integridade físicas dos moradores.

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Em uma delas, classificada pelo coordenador Rui Fernando como um atentado, um Pálio prata prensou o carro em que ele e outro líder do grupo estavam contra a mureta central da SC-401, no sentido Bairro – Centro, próximo ao trevo da Vargem Pequena.

– Isso foi na quinta-feira, umas 11h30. Por sorte o motorista conseguiu segurar a direção, mas jogaram o carro quatro vezes pra cima do nosso – relatou.

No sábado, por volta das 10h, o mesmo carro, com dois homens, teria ido até o portão de entrada da Ocupação, mostrou munição de calibre 12 e falou que iria matar Amarildo. De acordo com Rui, o veículo voltou mais duas vezes no local fazendo ameaças e gritando que deixassem a terra:

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– Nós já comunicamos o juiz agrário, o INCRA e ao Major da PM, além de fazer o boletim de ocorrência na Delegacia de Canasvieiras. Inclusive fizemos o retrato falado dos dois homens – disse.

Desde o episódio na última quinta-feira, a segurança foi reforçada na ocupação. A entrada de visitante está mais rigorosa, e novos postes de iluminação estão sendo instalados. Segundo o líder, o juiz agrário Jefferson Zanini deve fazer uma nova visita ao acampamento nesta terça-feira. O prazo para retirada das famílias é dia 15 abril.

O delegado da Ilson da Silva, da Delegacia de Canasvieiras, pretende ouvir os envolvidos até quarta-feira para decidir se abre o inquérito.

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