As buscas continuam pelos dois foragidos da Penitenciária Industrial de Joinville que, na segunda-feira, saíram do complexo dentro de duas caixas de papelão. Fábio Ferreira da Cruz, 27 anos, e Rafael Cardoso da Silva, 23 anos, cumpriam pena por homicídio e estavam presos há um ano e meio. Se somadas as penas dos dois, eles deveriam ficar mais de 50 anos na cadeia.
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Uma sindicância foi aberta para descobrir como dois presos conseguiram escapar pelo portão principal da unidade nas caixas que são usadas para o transporte de carga entre a prisão e uma das 18 empresas que têm linhas de produção na penitenciária.
As caixas em que eles se esconderam não foram vistoriadas segunda-feira de manhã e, por isso, eles conseguiram escapar. Já do lado de fora, eles exigiram que o motorista do caminhão parasse perto dos trilhos que cortam a zona Sul. E sumiram, a pé.
A investigação, segundo o diretor Richard Harrison Chagas, envolve os agentes prisionais e todos os outros presos que estavam no espaço chamado de quadrante, que representa uma linha de produção dentro dos pavilhões.
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A segunda fuga da história do regime fechado da Penitenciária Industrial de Joinville acendeu a luz amarela no Departamento de Administração Prisional (Deap) do Estado.
No fim de novembro do ano passado, um detento saiu da mesma maneira: escondendo-se em uma das caixas. Desde 2005, quando a penitenciária foi inaugurada, houve outras saídas, mas todas do regime semiaberto, em que o preso tem contato com a rua.
A direção do Deap considerou a saída preocupante porque a penitenciária é uma prisão nova e tem rígidos procedimentos de segurança. O diretor Leandro Lima também determinou a abertura de uma sindicância para apurar o que falhou segunda-feira.
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A Polícia Militar montou barreiras na segunda e fez buscas pelos bairros da zona Sul, mas nenhum dos presos foi capturado até agora.