A segunda greve dos servidores da prefeitura de Florianópolis de 2016 vai continuar. A decisão foi tomada em assembleia pelos funcionários na tarde desta quarta-feira (10) em frente à Alesc. Não houve avanço na reunião mais cedo, entre sindicato dos municipários e prefeitura.
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Última greve foi feita em março e durou duas semanas
Conforme Sintrasem, a prefeitura não apresentou nenhuma novidade nesta reunião. Por isso, está aumentando a adesão ao movimento grevista.
Desta vez, são duas as principais reivindicações da categoria. A primeira é o atraso no pagamento da segunda parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). O sindicato argumenta que esta deveria ter sido paga em maio. A segunda questão é o projeto de lei que altera o sistema do fundo previdenciário. O PL propõe a passagem do fundo previdenciário para o fundo financeiro. Para o sindicato, o projeto ataca os direitos dos trabalhadores e aposentados.
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Na reunião desta tarde, a prefeitura propôs a criação de um conselho paritário envolvendo Sintrasem e o município para debater o PL. O projeto ficaria suspenso na câmara de vereadores até o dia 30 de agosto.
Sobre o atraso na segunda parcela do plano de cargos, o município argumenta que ultrapassou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e por isso não pode pagar, o que já foi acordado no ano passado. Até o dia 15 de setembro, quando tiver acesso à relação dos relatórios ficais, a prefeitura terá conhecimento com as despesas de pessoal, quando deverá ser feito o pagamento da segunda parcela.
Os servidores em greve tentam sensibilizar os vereadores e preveem uma série de manifestações até sexta-feira, quando acontece uma nova assembleia da categoria.
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Estão fechadas escolas, creches, postos de saúde, centros de assistência social, obras e serviços administrativos. As Unidades de Pronto Atendimento manterão os serviços de urgência e emergência, e o Samu irá permanecer com 100% do atendimento. Já as farmácias de referência devem funcionar somente em 30%.
Servidores da prefeitura de Florianópolis entram em greve pela segunda vez no ano
A prefeitura se manifestou através de nota oficial assinada pelo prefeito Cesar Souza Junior:
“A adesão tem sido muito baixa, o que mostra que é uma greve que não conta com a mobilização dos servidores. Primeiro, porque é uma greve sem sentido, pois a Prefeitura propôs seguir debatendo todos os pontos. Vivemos um momento de crise econômica e precisamos ter esta compreensão. Vamos aguardar o fechamento do próximo quadrimestre e ver como estão as finanças do Município para poder avaliar a nova etapa de implantação do Plano de Cargos e Salários (PCCS). Colocamo-nos à disposição para discussão paritária em relação à Previdência e, infelizmente, o radicalismo de alguns, que estão querendo fazer uso, ao meu ver, eleitoreiro do processo grevista, prevalecendo a posição do sindicato. Mas todos aqueles que não trabalharem terão seus pontos descontados. A Prefeitura hoje mesmo já ingressou com uma ação na Justiça, visando à declaração de ilegalidade da greve, para que a gente possa não ter mais danos à população, que no final é quem paga os salários de todos os servidores e quem paga a conta de quem falta ao serviço”.