A construtora Pasqualotto & GT selou a compra na terça-feira o Edifício Dourado do Mar, alvo de uma disputa judicial desde o ano passado em Balneário Camboriú. Com rachaduras visíveis, o prédio sofreu inclinação provocada por uma obra da construtora, que fica no terreno vizinho. O empreendimento de 14 andares foi comprado por R$ 12,3 milhões, que serão divididos entre os 11 moradores. A demolição deve começar em dezembro.

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O impasse foi resolvido quase um ano depois da Justiça embargar a obra do Vitra Residence, empreendimento que provocou os danos no Dourado do Mar. O acordo vem sendo costurado pela construtora e moradores há cerca de dois meses e foi concluído nesta terça-feira. A previsão é que os condôminos desocupem o edifício até 10 de dezembro, quando ele começará a ser demolido. A área de 440 m² será agregada ao Vitra.

– A demolição vai ocorrer em etapas e não por implosão. A estrutura será desmontada de cima para baixo, andar por andar, para não danificar os edifícios vizinhos. Depois a área vai ser incorporada ao Vitra através de mais vagas de garagem, salas comerciais e unidades habitacionais – explica o advogado da construtora, Alysson Sanches.

Embargo e reclamações

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Em dezembro do ano passado, a Justiça embargou a obra do Vitra Residence. O pedido de paralisação foi feito pelos moradores do Dourado do Mar, que afirmavam que o prédio havia inclinado 33 centímetros desde o começo da construção do empreendimento vizinho, localizado na Barra Sul.

Antes disso, um acordo chegou a ser firmado entre condomínio e construtora para que reparos nas rachaduras fossem feitos. Porém, medições posteriores provaram que o edifício continuava sofrendo inclinação. Engenheiros contratados pelos condôminos emitiram laudos afirmando que havia riscos à estrutura e recomendando a desocupação.

Em abril deste ano a Pasqualotto foi obrigada pela Justiça a arcar com o aluguel dos moradores para que houvesse a desocupação do Dourado do Mar. Desde então, a construtora buscava um acordo com os proprietários. Cada um dele receberá em média R$ 1,1 milhão.

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A reportagem tentou contato com a advogada que representa o condomínio, mas não obteve retorno.