A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Natural (IPHAN) em Brasília, Jurema Machado, liberou a construção do elevado do Rio Tavares no Sul da Ilha, em Florianópolis. A reunião com o prefeito César Souza Jr. realizada no meio dessa semana foi planejada para encontrar uma solução para o início das obras após a suspeita de haver um sambaqui – cemitério indígena – no local. A informação foi antecipada pela coluna Visor.
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Com a chegada da autorização por escrito do órgão, que deverá acontecer na semana que vem, será assinada a ordem de serviço de início do empreendimento orçado em R$ 27 milhões e com prazo de conclusão de 16 meses – contados a partir da assinatura do documento. A obra é considerada uma das principais para a mobilidade urbana da Capital.
– Tínhamos medo de que o estudo arqueológico previsto feito no local emperrasse a obra em pelo menos 100 dias. Temos urgência em iniciá-la e então encontramos essa solução intermediária, que autoriza a construção e, ao mesmo tempo, dá continuidade ao salvamento do sítio que supostamente existe – explicou o prefeito de Florianópolis, César Souza Jr., por telefone à reportagem da Hora.
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Uma equipe de 5 arqueólogos será contratada pela empresa responsável pela obra e irá acompanhar todo o projeto de execução do elevado do Rio Tavares. Caso exista, de fato, um sítio arqueológico na região, os fragmentos serão encaminhados ao núcleo de Arqueologia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Desapropriações ainda são impasse
Segundo o prefeito César Souza, apenas 40% dos terrenos já foram desapropriados para continuidade das obras do elevado. Nas alças de duplicação, zona onde há maior concentração de edificações, uma série de moradores e comerciantes ainda precisa ser indenizada e deixar o local. Apenas nesse processo, serão gastos R$ 10 milhões _ recursos próprios da Prefeitura e do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc). De qualquer forma, a prefeitura é otimista:
– Tratam-se de terrenos pequenos e o início da obra irá auxiliar o processo de negociação. Porque muitas pessoas não acreditavam que essa obra sairia e não queriam deixar os locais – contextualiza.
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Veja como será a obra: