O presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Murilo Flores, comentou a informação de que Santa Catarina é o Estado que menos compromete a Mata Atlântica. Segundo ele, isso não é surpresa, além de ser fruto muito mais da sociedade e da geografia do Estado, do que de políticas públicas.
Continua depois da publicidade
O bom desempenho catarinense consta nos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2012. O balanço foi lançado pelo IBGE durante a Rio+20. De acordo com os dados do instituto, Santa Catarina teria 23% de Mata Atlântica. Para Fatma, este valor chega a 41,5%, mas segundo a fundação, apenas por uma questão de metodologia – A Fatma considera fragmentos menores que 3 hectares, enquanto o IBGE não.
Segundo Flores, para a Fatma é importante observar também estes pequenos territórios que, juntos, formam corredores ecológicos.
Referência em sustentabilidade
Continua depois da publicidade
Murilo Flores está no Rio de Janeiro para a Rio+20. Nesta terça-feira o presidente da Fatma irá apresentar o projeto Terra Sustentável. Segundo ele, a ideia é fazer um levantamento de todas as regiões catarinenses e dos setores para criar normas que definam um processo ecologicamente correto.
– As empresas que desenvolverem seus trabalhos dentro dessas normas, irão ganhar um certificado de origem sustentável – explicou Flores.
Do Rio de Janeiro, o presidente comemorou a notícia de que Santa Catarina é o Estado que menos compromete a Mata Atlântica e disse que essa informação dá ainda mais força para o projeto Terra Sustentável.
Continua depois da publicidade
– Essa ideia tem tudo para se ternar referência nacional e internacional – comentou.
Para Flores, Santa Catarina deve se tornar referência no desenvolvimento e aplicação de políticas e economia sustentável no país. Esta semana, a unidade do IBGE no Estado apresentou na Rio+20, detalhes do Projeto Mudanças da Cobertura e Uso da Terra.
Este projeto pretende avaliar os ganhos e perdas para o meio ambiente, criando uma base de dados, e quantas mudanças foram encontradas. As informações levantadas pelo projeto, juntamente com outras pesquisas realizadas pelo Instituto, contribuirão para o cálculo do chamado PIB Verde.