Santa Catarina segue contribuindo com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Esta semana, a unidade do IBGE no Estado apresentou para o Dr. Jean-Louis Weber, Econômico-Ambiental Contabilidade da Agência Europeia do Ambiente, detalhes do Projeto Mudanças da Cobertura e Uso da Terra.
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A apresentação se deu por uma teleconferência da qual participaram também as unidades do IBGE na Bahia e no Pará. Weber está no Rio de Janeiro para falar na Rio+20 sobre a Implementação do Experimental Ecosystem Capital Accounts in Europe.
O Projeto Mudanças da Cobertura e Uso da Terra pretende avaliar os ganhos e perdas para o meio ambiente, criando uma base de dados, e quantas mudanças foram encontradas. As informações levantadas pelo projeto, juntamente com outras pesquisas realizadas pelo Instituto, contribuirão para o cálculo do chamado PIB Verde.
Todo o território brasileiro foi dividido em quadrículas de 1km². Um satélite envia imagens diárias dessas partes, permitindo acompanhar o que está sendo feito com esses locais.
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– Iremos observar se houve desmatamento e com que finalidade foi ele foi feito. O que substituiu o que tinha ali, agropecuária, por exemplo – explicou o supervisor dos trabalhos, Maurício Zacharias.
Segundo Zacharias o desmatamento representará perda ambiental. Mas também pode haver reflorestamento e recomposição – recuperação da vegetação original.
– O PIB não seria somente a soma de todas a riquezas produzidas pelo país, mas também levaria em conta as perdas e os ganhos ambientais.
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Importância catarinense
A unidade do IBGE em Santa Catarina é responsável pela análise de 90% do território nacional. De acordo com Zacharias, isso se deve a concentração de profissionais que o Estado possui nessa área, incluindo estagiários. Além disso, Santa Catarina conta com espaço físico e recursos naturais.
Zacharias lembra que a metodologia usada no projeto é da Organização das Nações Unidas (ONU) e que por isso foi importante apresentá-lo ao Dr. Jean-Louis Weber.
– Ele pode ver o trabalho no início. Gostou da rapidez com que está sendo executado e disse que pode ser usado como modelo pela ONU.
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A varredura das quadriculas é feita pelo sensor de um satélite da NASA que disponibiliza as imagens sem custo, e os softwares usados para o trabalho das imagens são todos livres.
>> Veja alguns dados do Projeto