A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação para desarticular três organizações investigadas por comercializar anabolizantes e outras drogas, como medicamentos anorexígenos de forma irregular. Apelidada de “Proteína”, a ação ocorre em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Em SC, dois mandados de prisão e outros dois de busca e apreensão são cumpridos em Palhoça, na Grande Florianópolis.
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De acordo com a investigação, policiais federais, civis e militares também são investigados por participação no esquema que inclui falsificação e a comercialização das substâncias. Ao todo, são cumpridos 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão nos seis estados.
Conforme o delegado da PF gaúcha, Ricardo Saadi, a produção dos medicamentos fraudados era feita em um laboratório em São Paulo – local em que a maioria dos mandados é cumprido. Rio Grande (RS) era quem recebia as substâncias que não passavam pelo controle da Anvisa. Já nos outros Estados em que a ação ocorre, as pessoas presas e os locais investigados tinham como função apenas revender os produtos.
— A maior parte dos Estados tinha a venda dos medicamentos. Tinham pessoas que faziam a consultoria fitness e revendiam — disse
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Por conta de as investigações ainda estarem em andamento, a polícia não repassou como o esquema funcionava em SC. Mais detalhes devem ser divulgados na próxima semana, quando os investigados presos e os documentos e medicamentos apreendidos forem listados.
A investigação começou em julho de 2016 com base em informações que indicavam o comércio irregular de anabolizantes e outras substâncias ilícitas em academias, lojas de suplementos alimentares e por particulares em várias cidades do país, incluindo municípios da Grande Florianópolis.
Em nota nesta manhã, a PF disse que chamou a atenção “o alto grau de estruturação dos grupos, inclusive com a participação de servidores de órgãos de segurança pública”. A movimentação financeira mensal dos grupos está estimada em R$ 2 milhões.
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— Esses grupos eram responsáveis pela importação irregular de anabolizantes e medicamentos fabricados no Paraguai, na Argentina, na Índia, e em outros países, e por sua distribuição em diversos estados brasileiros, sem o devido registro na Anvisa.
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