Na última reportagem da série que se iniciou na segunda-feira, ZH apresenta os finalistas do 2º Prêmio RBS de Educação na categoria Escola Privada. A premiação deste ano contempla projetos que aproximam crianças e adolescentes dos livros. Veja quem são os três finalistas.

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Saiba mais sobre o Prêmio RBS de Educação

Conheça os finalistas na categoria Escola Pública

Ailim Schwambach

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– Projeto Reportagens Científicas e Ensino de Ciências

– Instituto de Educação Ivoti

– Ivoti

Dedicar o início de cada aula de ciências para que os alunos do Ensino Médio do Instituto de Educação Ivoti lessem um trecho de uma reportagem científica deu tão certo que surgiu o projeto Reportagens Científicas e Ensino de Ciências.

– Os alunos e eu conversamos sobre os avanços científicos de diversos países e a instabilidade de verdades irrefutáveis, pois aquilo que hoje sabemos e pensamos ter certeza poderá, sim, mudar em algum outro momento da história da sociedade – conta a professora Ailim Schwambach.

No projeto, os alunos escolhem reportagens que lhes interessam dentro das áreas de saúde, ciência, medicina e ambiente. Em duplas, eles leem, debatem sobre o assunto e procuram entender como o tema afeta suas vidas. Depois de 15 a 20 minutos de discussão, a aula segue seu curso normal. A professora criou um grupo no Facebook no qual posta as reportagens escolhidas pelos estudantes e abre fóruns para seguirem o debate. O projeto já foi estendido para alunos do Ensino Fundamental, que também estão dedicando o início das aulas para ler e debater temas relacionados à ciência.

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Carmen Regina Garcia de Lima Vellinho

– Projeto As Duas Metades de Cada Um

– Colégio João XXIII

– Porto Alegre

Baseando-se na obra O Visconde Partido ao Meio, de Italo Calvino, a professora Carmen Regina Garcia de Lima Vellinho desafiou os alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio João XXIII, em Porto Alegre, a incorporar as duas faces do principal personagem do livro – um homem que, após ser atingido por uma bala de canhão, fica partido ao meio, com duas personalidades contrastantes ao mesmo tempo. Ali nascia o projeto As Duas Metades de Cada Um.

Durante a leitura da obra, os alunos representaram os capítulos de forma cênica e formaram duplas para interpretar o livro a partir de referências cotidianas. Eles escolheram personagens contrastantes, como o professor e o aluno, a bela e a fera, o empresário e o proletariado, e desfilaram pela escola com esses opostos.

– Eles conseguiram estabelecer uma relação da obra com a realidade ao conhecer os personagens que eles mesmo criaram – conta Carmen.

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Para aprofundar técnicas de interpretação e escrita, a professora incluiu tarefas como escrever uma carta na qual cada aluno deveria se posicionar sobre determinados trechos do livro a partir do ponto de vista do personagem que escolheu.

Carolina Müller

– Projeto Um Clássico da Literatura Dá Vida a um Grande Projeto

– Instituição Evangélica de Novo Hamburgo – Unidade Pindorama

– Novo Hamburgo

Para fazer os alunos se interessarem pelos livros clássicos, a professora Carolina Müller apostou na tecnologia. Ao instigar a gurizada da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo a desenvolver um aplicativo baseado em

O Pequeno Príncipe, o resultado foi o projeto bilíngue Um Clássico da Literatura Dá Vida a um Grande Projeto.

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– Pesquisamos sobre a vida do autor, sobre a produção do livro, quando foi escrito. Os alunos ficaram muito impressionados que a obra tem mais de 70 anos, que os avôs e as avós deles já tinham lido – lembra Carolina.

Depois de ler a obra em inglês e português – os alunos sozinhos, debatendo ao lado da professora, analisando trechos e comparando a linguagem clássica com a atual, por exemplo -, chegou a hora de transportar a história para os dispositivos eletrônicos. Os alunos criaram o enredo de um jogo, no qual um personagem vai passando por diferentes mundos, assim como o pequeno príncipe. A chave para pular de nível é responder a perguntas relacionadas aos conteúdos que viram ao longo do ano na escola, em diferentes matérias. A professora contou com a ajuda de universitários na programação do aplicativo. Até o final do ano, afirma ela, os estudantes já terão em mãos o jogo que ajudaram a criar.

Como votar

– Acesse o site do prêmio: premiorbsdeeducacao.com.br

– Assista aos vídeos e escolha o seu finalista preferido

– A votação vai até 21 de novembro, quando ocorre a solenidade de premiação. Durante a cerimônia, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, serão anunciados os vencedores eleitos pelo voto de especialistas e os escolhidos pelo público

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