A partir de amanhã, exemplos de superação vão contagiar o mundo todo e lembrar que nada é impossível aos que acreditam e se determinam para conquistar os sonhos. O Rio de Janeiro recebe a Paralimpíada e Santa Catarina estará muito bem representada por 14 atletas, sendo dez homens e quatro mulheres, com belos exemplos de vida e reais chances de conquistar lugares no pódio.

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Sejam atletas nascidos no Estado ou que escolherem SC para se preparar, as chances de medalhas são grandes em diversas modalidades. Uma das promessas é Lucas Prado, natural de Rondonópolis (MT). Ele perdeu 90% da visão em 2003, quando trabalhava em um banco, devido a um deslocamento da retina por conta de uma doença chamada de coreoretinite. Lucas mora em Joinville e é um dos ícones do atletismo brasileiro, já tendo sido campeão paralímpico e mundial.

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Tocha paralímpica passa por Joinville nesta segunda-feira

– Estou muito confiante, a minha expectativa é das melhores para os jogos no Rio. Vou para a minha terceira Paralimpíada e sigo com objetivo forte de conquistar medalhas, me dediquei muito para isso – destaca Lucas, que vai participar dos 100m, 200m e 400m, todas na categoria T11.

No tênis de mesa, as esperanças estão com Bruna Costa Alexandre, de Criciúma, e Danielle Rauen, de São Bento do Sul. Bruna é a terceira colocada no ranking mundial da classe 10 e já tem uma participação nos Jogos Paralímpicos de Londres. Ela teve que amputar o braço direito com apenas três meses de idade devido a um coágulo de vaso sanguíneo, em consequência a uma vacina. Isso nunca foi dificuldade para a menina, que tem importantes títulos no currículo, como o bronze no Mundial em 2014, na classe 10, e a medalha de ouro no Aberto da Eslováquia neste ano.

A mesatenista Danielle Rauen é a oitava no ranking mundial da classe 9. Ela vive uma verdadeira corrida contra o tempo e encontrou no tênis de mesa a força para enfrentar a artrite reumatoide juvenil, uma atrofia muscular que degenera as articulações. Danielle foi campeã dos jogos Parapan-Americanos em Toronto, em 2015, e acumula cinco medalhas nos Abertos da Eslováquia e Eslovênia, em 2015 e 2016.

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No tênis a expectativa de medalha é com Ymanitu Silva, de Tijucas. Many, como é conhecido, sofreu um acidente de carro em 2007 e teve uma lesão na coluna cervical. Ele praticou o esporte dos 10 aos 20 anos e se reencontrou com o tênis após o acidente.

– A partir do momento em que eu sentei na cadeira de rodas e tive a oportunidade de jogar de novo, foi como viver um sonho de criança, que era praticar um esporte de alto rendimento – conta Many, em entrevista ao repórter Leandro Lessa, da Rádio CBN Diário.

A preparação para a Paralimpíada do Rio contou com muito treino, alguns inclusive com Larri Passos, técnico de Guga Kuerten no tri de Roland Garros.

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Confira quem representará Santa Catarina na Paralimpíada

Atletismo

Flavio Reitz, de Itajaí

Lucas Prado, de Joinville

Sheila Finder, de Joinville

Vôlei sentado

Carlos Glemboski, de Caçador

Ciclismo

Soelito Gohr, de Brusque

Natação

Matheus de Souza, de Brusque

Talisson Henrique Glock, de Joinville

Tênis em cadeira de rodas

Ymanitu da Silva, de Tijucas

Rugby em cadeira de rodas

José Raul Guenther, de Palhoça

Rafael Hoffmann, de São José

Remo

Josiane Dias de Lima, de Florianópolis

Tênis de mesa

Bruna Costa Alexandre, de Criciúma

Danielle Rauen, de São Bento do Sul

Vôlei sentado

Carlos Glemboski, de Caçador

Basquete em cadeira de rodas

Paulo Roberto Dauinheimer, de Balneário Camboriú