A chama que acendeu a pira olímpica das Paralímpiadas 2016 em sua passagem por Joinville iluminou o rosto da velocista Ádria Santos. Eram 17h45 quando a última cidade entre as cinco escolhidas no Brasil para viver o ritual evocou o símbolo dos jogos, sob aplausos dos joinvilenses que assistiam à cerimônia no estacionamento do Centreventos Cau Hansen.

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– É uma honra para mim estar aqui neste momento, acendendo aqui em Joinville, cidade em que eu já moro há 13 anos – disse Ádria, no palco – É um momento que não é marcante só para mim, mas para o esporte paraolímpico em geral.

Ádria é a maior medalhista feminina paralímpica do Brasil – são 13, entre quatro de ouro, oito de prata e uma de bronze – e estar em destaque na cerimônia em Joinville é icônico, já que a cidade foi a única a entrar no roteiro sem ser capital. No entanto, o fato de ser uma referência no desenvolvimento de pessoas com deficiência no esporte a colocou neste posto.

– Joinville é capital, sim, é a capital do paradesporto. É a capital onde as pessoas realmente se interessam e dão condições e oportunidades para pessoas com deficiência – afirmou o diretor técnico da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej), Kelvin Soares.

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O revezamento oficial da tocha olímpica começou na rua das Palmeiras, com Sérgio e Clarissa Kowalski. Eles são os pais de Gabriel, 10 anos, que nasceu com paralisia cerebral e é um exemplo de superação: frequenta a escola regular, fala inglês, veleja, faz natação, pratica equoterapia e já dá alguns passos sem o andador.

De lá, a tocha percorreu cerca de seis quilômetros até chegar ao Centreventos Cau Hansen. Durante todo o dia, passou por 53 pessoas, já que o evento de revezamento começou com um momento especial durante a manhã e o início da tarde, quando passou pelos principais pontos turísticos e por entidades com importantes atendimentos para pessoas com deficiência.