A cada ano aumenta o número de idosos que moram sozinhos. Em Santa Catarina, por exemplo, 12,6% das pessoas acima de 60 anos vivem sós. A decisão de morar sozinho deve levar em conta a vontade doidoso, mas também deve ser feita uma avaliação consciente das reais condições da pessoa se cuidar para evitar riscos.
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— Tal avaliação deve considerar os aspectos socioeconômicos, de saúde física e emocional, de disponibilidade de recursos da rede de apoio familiar e social, de avaliação de profissionais envolvidos na atenção ao idoso, além da percepção que a própria pessoa idosa tem de si mesma e do seu desejo de morar sozinha ou não — explica a gerontóloga Jordelina Schier.
Idosos representam 45% das pessoas que moram sozinhas em SC
Caso a pessoa vá morar sozinha, é importante considerar a necessidade de cuidados continuados e uma atenção especial. Para a especialista, um dos principais riscos de não dividir o teto é o isolamento social, que pode gerar a sensação de abandono e solidão, o que pode evoluir para uma depressão.
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Se um familiar ou amigo observar que o idoso apresenta limitações físicas e mentais que dificultem a realização das atividades diárias, é preciso assumir o cuidado para que ele sinta-se protegido e seguro para continuar realizando atividades cotidianas, porém com auxílio.
Poder público e famílias falham no cuidado a idosos em Santa Catarina
— Dificuldade para utilizar transporte público, piora de alguma condição crônica, recuperação lenta de alguma enfermidade, casa desorganizada com plantas e animais de estimação abandonados, são alguns sinais de que o idoso necessita de cuidado — afirma a presidente da Associação Nacional de Gerontologia em Santa Catarina, Inês Amanda Streit.
Aumenta número de idosos morando sozinhos em SC
Além de grupos de idosos, há outras atividades para o público da terceira idade. Confira algumas dicas para sair da rotina e evitar isolamento.
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Desenvolver novas atividades
Vale fazer cursos à distância ou aquele seminário que sempre quis. Ser voluntário também é uma boa opção.
Reforçar rede de relacionamentos
Participar de grupos para idosos ou alguma outra atividades com mais pessoas pode ser a saída para evitar o isolamento social
Estabelecer rotina diária
Nada de acordar a hora que quiser e esquecer de vez a agenda. É importante ter uma rotina estabelecida
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Fazer planos
Ter planos a curto, médio e longo prazo é fundamental para manter a disposição e acordar todos os dias mais feliz. Que tal organizar uma viagem, um novo curso ou aprender algo novo?
Planejar e reservar recursos financeiros
A autonomia e a independência podem ser comprometidas a qualquer momento. Por isso é importante prever e se organizar, inclusive financeiramente, para possíveis problemas de saúde e mudanças na condição física decorrentes do próprio envelhecimento.
Fontes: gerontóloga Jordelina Schier e Nelson Seiffert
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