Não tente bancar o Tarzan ou Chuck Norris da selva e muito menos o protagonista do programa À Prova de Tudo, do Discovery Channel. Ao encontrar alguma serpente na sua residência, quintal ou rua se afaste e chame os bombeiros se for necessário tirá-la do caminho. Além do perigo de animal ser peçonhento e usar de uma mordida venenosa para se defender, as cobras possuem dentes que podem geral ferimentos e infecionar devido as bactérias da boca. Ainda assim, qualquer dúvida pode ser esclarecida com o Centro de Informações Toxicológicas (CIT), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Na última semana, foram noticiadas a presença de três cobras, dentro de residências em casas catarinenses – uma delas venenosa. Com o verão e a época de maior umidade, a atividade dos répteis aumenta, assim como o número de casos de picadas atendidos no CIT. Ao todo o Centro trata 12 mil novos casos de intoxicação por ano, sendo 25% deles casos de animais peçonhentos.

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O CIT tem um serviço de atendimento que funciona 24 horas para sanar dúvidas de qualquer pessoa que passe por uma situação de intoxicação e contato com animais peçonhentos. Através de um número de WhatsApp, fotos dos animais ou feridas causadas por suas picadas podem ser recebidas diretamente das vítimas. Há ainda um 0800 para o atendimento. Os telefones servem para passar orientações tanto para cidadãos quanto para médicos que estão com algum paciente intoxicado. O atendimento serve para serpentes, mas também para aranhas, escorpiões, lagartas, medicamentos, agrotóxicos, produtos de limpeza e até mesmo drogas.

— Estamos sempre de plantão. Sugerimos que a pessoa mande fotos ou informações pelo WhatsApp e nos ligue no 0800 para esclarecer o fato — explica a coordenadora do CIT, Marlene Zanini.

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O centro funciona em parceria da UFSC com a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e é referência do assunto no Estado. Médicos, biólogos e farmacêuticos trabalham em cooperação para diagnosticar sintomas e estabelecer a melhor forma de tratamento. Marlene ressalta que todos os detalhes são importantes para o diagnóstico preciso. Desde o horário da picada, lugar do corpo e lugar da casa em que ocorreu e, claro, os sintomas como dor, inflamação, tonturas.

— Toda a imagem ajuda, mas apenas pelos sintomas podemos definir o correto atendimento. É mito que para usar o soro adequado, é preciso capturar o animal — ressalta a coordenadora do CIT.

Dicas para não se dar mal com os animais peçonhentos

A orientação principal em relação a animais que possam ser peçonhentos é evitar o contato direto. A recomendação é ligar para os bombeiros e pedir ajuda para remover o animal da residência caso esse encontro aconteça dentro de casa.

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— De forma alguma as pessoas devem tentar prender o animal ou cutucá-lo. Existem ferramentas corretas para capturá-lo com segurança e encaminhar a serpente para a polícia ambiental — explica Fábio Fregapani Silva, tenente do Corpo de Bombeiros de Florianópolis.

Manter o ambiente domiciliar sempre limpo e livre de sujeira, entulhos e lixo que possam atrair animais como roedores é a dica básica para prevenir a presença de serpentes. Elas geralmente se movimentam em busca de alimento e os ratos são suas principais presas.

— Se encontrar algum animal assim em trilhas, o que pode ser comum, a recomendação é apenas desviar e não perturbar a serpente. Ela está no seu ambiente natural e devemos respeitar isso sem nos colocarmos em risco — explica Fregapani.

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TELEFONES UTEIS

Corpo de Bombeiros: 193

Centro de Informações Toxicológicas: 0800 643 5252

Centro de Informações Toxicológicas WhatsApp: (48) 9902 2683