Com o calor, a incidência de acidentes com animais peçonhentos aumenta. Na última quarta-feira, os bombeiros voluntários de Corupá capturaram uma cobra de um metro e 60 centímetros. Ela foi identificada como uma jararacuçu, uma espécie comum na região.

Continua depois da publicidade

>> Leia mais notícias sobre a região do Vale do Itapocu >>

Continua depois da publicidade

Segundo o comandante Cláudio da Siqueira, alguns homens limpavam uma área de plantação de eucalipto quando encontraram a cobra. Por causa do tamanho, eles resolveram acionar os bombeiros.

– A Jaracuçu e a jararaca são as cobras mais comuns na região. Elas são perigosas porque abrem a boca em um ângulo de 90 graus. Já as corais, que também são comuns aqui, abrem a boca apenas 30 graus, mas possui um veneno mais letal – explica.

Nesta época do ano, Siqueira afirma que é comum aumentar os acidentes com animais peçonhentos pela região ser cercada de matas, áreas agrícolas e de plantas ornamentais. Por isso, a recomendação é aumentar a atenção em atividades externas próximas de matas fechadas, áreas com entulhos. A primeira dica é usar equipamentos de proteção e limpar os locais com toda a cautela.

Continua depois da publicidade

– A pessoa nunca deve colocar a mão direta em entulhos ou em madeiras. É um local ideal para encontrar cobras. Outra dica é manter atenção nos sinais, a jaracuçu e a jararaca se mexem igual uma cascavel, mas sem o guizo. Por isso, quando estão próximas e com medo, a pessoa consegue ouvir um barulho semelhante a uma batida na madeira – explica.

>> Relembre o caso da cobra de mais de três metros encontrada em Corupá >>

Caso a pessoa seja picada, é necessário prestar atenção nas características da cobra. Siqueira destaca que apenas o soro é capaz de curar o veneno das cobras, por isso é necessário dar detalhes para identificar a cobra.

– A pessoa não deve chupar o veneno, pois pode acabar espalhando para outra área do corpo. Também não devem fazer torniquete, porque isso não impede do veneno se espalhar e piorar o quadro da vítima.

Continua depois da publicidade

Siqueira também destaca que é necessário a pessoa manter a calma, pois a circulação ficará lenta e o veneno não irá se espalhar tão rápido. Além disto, os animais não devem ser mortos.

– Se encontrar uma cobra, o ideal é chamar os bombeiros ou a Polícia Ambiental para captura. Assim, iremos devolver o animal para seu habitat natural. Como o caso dessa jararacuçu, ela foi devolvida para uma área de preservação ambiental – explica.