Congestionamentos cada vez mais frequentes têm feito motoristas buscarem novos caminhos para se locomover pela cidade que já soma 240,1 mil veículos. Na semana passada, o Santa percorreu 11 rotas alternativas em diferentes regiões e encontrou trechos sem infraestrutura e outros onde o problema é o excesso de velocidade.

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No bairro do Salto as ruas Osvaldo Day e Joaquim Gonçalves Lêdo servem como alternativa ao semáforo da Rua Benjamin Constant e às filas da Rua Bahia. Morador do local há 26 anos, o engenheiro civil Renato Sasse, 60 anos, conta que o movimento começou a aumentar há dois anos:

– Eu não me incomodo, desde que tenha estrutura. Se a rua já é bastante usada, deveriam pavimentar logo porque é muita poeira. Até é uma boa saída, desafoga o semáforo e a Rua Bahia, mas sem pavimentação é muito difícil.

Na Água Verde a reclamação não é do pó, mas do excesso de velocidade dos motoristas que passam pela Rua Euclides de Borba para fugir das filas da Frei Estanislau Schaette.

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– Ninguém respeita. Passam correndo e é muito perigoso, tem muitas crianças que caminham por aqui porque a escola é perto. O movimento é o dia inteiro, deveriam colocar pelo menos quebra-molas ou tartarugas para andarem mais devagar – cobra a dona de casa Elisete de Souza, 26 anos.

Imprudência oferece risco à população

O problema se repete na Gustavo Salinger, que liga as ruas Bahia e Almirante Barroso. Dona de um estabelecimento em frente ao cruzamento com a Rua Bahia a empresária Gisele Chiminelli, 30 anos, conta que brigas entre motoristas são constantes no local:

– Este trevo é complicado, tem gente que não entende direito, aí é buzina e xingamento o dia inteiro. O movimento é grande e eles entram (na Gustavo Salinger) muito rápido, não tem jeito.

::: Especialista diz que é preciso criar melhor convivência entre pessoas e veículos

Apesar de incentivar o uso de caminhos alternativos, o diretor de Trânsito do Seterb, Fábio Campos, reconhece que nem todas as ruas da cidade suportam o fluxo crescente de veículos:

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– Sabemos que as pessoas usam vias com menos estrutura, então quando identificamos que uma rota é usada devido aos congestionamentos começamos a dar atenção e repassamos para a Secretaria de Planejamento verificar as melhorias necessárias.