A Câmara de Vereadores de Lages instalou uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) para decidir sobre o impeachment ou não do prefeito Elizeu Mattos (PMDB), preso desde o dia 5 deste mês suspeito de um esquema de corrupção e pagamento milionário de propina.

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A CPP foi criada na sessão de segunda-feira, a última antes do recesso parlamentar que vai até o dia 2 de fevereiro, e avaliará as suspeitas que recaem contra o prefeito apuradas pela Operação Águas Limpas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Foram 10 votos a favor e seis contra.

O prazo inicial para a produção do relatório é de 90 dias. Foram definidos por sorteios os três vereadores integrantes, sendo que dois são da oposição ao partido do prefeito.

O presidente será Luiz Marin (PP) e o relator Juliano Polese (PP). Também integra a equipe o vereador Gerson dos Santos (PMDB).

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Na tarde desta terça-feira, os vereadores consultaram o departamento jurídico da Câmara para decidir se a CPP fará reuniões mesmo durante o recesso ou não.

– Estamos aguardando o posicionamento do jurídico. Penso que a comissão deveria se reunir, mas desde que tenha condições para trabalhar – disse o vereador Juliano Polese lembrando que na próxima semana os funcionários do Legislativo entrarão em férias coletivas.

CPI suspende trabalhos

Além da Comissão Parlamentar Processante, foi criada na Câmara de Vereadores de Lages uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os contratos da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), onde foram feitos os contratos suspeitos de corrupção e propina.

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Na sessão de segunda-feira, os vereadores que fazem parte da CPI decidiram suspender os trabalhos durante o recesso e retornarão com os trabalhos apenas a partir de 2 de fevereiro.

O prefeito continua preso no Batalhão da Polícia Militar de Lages. O seu advogado afirmou em manifestações anteriores que Elizeu está tranquilo e seguro de sua inocência.

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