Vai beber uma cerveja no Mercado Público de Florianópolis? É melhor ter uma moeda de R$ 1 no bolso. Não para pagar a bebida, mas para utilizar o banheiro, que vem sendo cobrado pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) desde a última terça-feira. A medida vem desagradando usuários, mas Prefeitura, Comcap e Associação dos Comerciantes do Mercado Público dizem que é necessária.
Continua depois da publicidade
– É um serviço que tem custo. Precisamos manter com insumos (papel higiênico, papel toalha e sabonete) e limpeza. Além de cuidar dos equipamentos danificados, que são muitos, principalmente na Ala Norte – defende o presidente da Comcap, Marius Bagnati.
Os Manés: depois do guéri-guéri, o olhar sobre um dia normal no Mercado
Ele foi acionado pela Secretaria Municipal de Administração para realizar o serviço até que a Prefeitura faça licitação para execução dos serviços e escolha nova empresa responsável, nos próximos 90 dias.
Continua depois da publicidade
A Comcap ainda realiza a manutenção dos banheiros do Largo da Alfândega e da Praça Fernando Machado, ambos no Centro, e diz que nesses espaços gasta em média R$ 50 mil a cada mês com material e mão de obra.
– Devemos gastar ainda mais no Mercado Público de Florianópolis, porque tem dias que funciona até as 22h, além dos domingos. Isso resulta em mais pagamento aos funcionários – explica Bagnati.
Mercado Público: opções de cardápio para curtir o sábado com R$ 10, R$ 30 ou R$ 50
Aluguel dos boxes não mantém serviço
Questionado sobre a possibilidade de reservar uma parte do aluguel de cada box para manter os banheiros, o presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Público, Aldonei Brito, diz ser impossível.
Continua depois da publicidade
– Legalmente não há como retornar esse valor para a manutenção dos banheiros. Fazer uma parceria com a Comcap foi a maneira provisória encontrada. Porque é um fluxo muito grande de pessoas em um patrimônio do município – defende.
Para o comerciante, não há expectativa de diminuição de público por conta de R$ 1 cobrado. Aldonei ainda lembra que antes da reinauguração da ala Sul a cobrança pelo uso dos banheiros era feita por uma associação.
– Sempre foi cobrado. Só durante esse período entre ala Norte e Sul o serviço foi gratuito – lembra.
Continua depois da publicidade
Muita gente usando
Segundo nota enviada pela prefeitura, a cobrança é necessária para manter os banheiros em perfeito estado de uso.
“Para se ter ideia são cerca de 500 usuários/dia por banheiro. A PMF busca auxiliar os novos comerciantes, uma vez que o rateio seria elevado. Hoje, os comerciantes pagam somente o aluguel previsto em edital e que não se destina para tal fim”, diz a nota.
O governo municipal estuda duas alternativas: Licitar para empresa privada explorar o uso ou repassar à Associação dos Comerciantes para arcar com os custos da manutenção.
Continua depois da publicidade