O torcedor do Criciúma deixou o Estádio Heriberto Hülse decepcionado e aliviado. O alívio veio com o resultado de 0 a 0 com o Internacional, líder da Série A. A decepção com a apresentação do primeiro tempo do Tigre, que preferiu apenas marcar. Porém, ao final do jogo os tricolores reconheceram a luta dos atletas. Luta porque atuaram todo o segundo tempo com um jogador a menos: Eduardo foi expulso.
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Com esse ponto, o Tigre continua na zona de rebaixamento e na próxima quarta-feira encontra a Chapecoense, às 21h, no Majestoso para o segundo clássico catarinense do Brasileirão.
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A semana foi de tensão. Após a goleada por seis a zero para o Botafogo no Rio de Janeiro, na quarta rodada da Série A, o Tigre passou uma semana enclausurado. A chegada em Criciúma assustou a comissão técnica e jogadores. Alguns torcedores jogaram pipocas, ovos e laranjas no ônibus do clube depois da vexaminosa derrota.
A decisão da comissão técnica foi fechar todos os treinos. Trabalhos fechados, longe do torcedores e cheio de segredos para mudar a equipe. Porém, os primeiros 45 minutos de partida contra o Internacional não mostraram um Criciúma diferente. O Tigre jogou recuado e sem opções de criatividade na frente. O atacante Bruno Lopes jogava mais na lateral direita que no ataque.
A situação que não parecia ser promissora ficou ainda pior aos 43 minutos, quando o lateral Eduardo, que já tinha cartão amarelo, acertou com o braço direito o rosto do meia Alex. O árbitro Raphael Claus foi alertado pelo árbitro assistente Anderson José de Moraes Coelho e expulsou o ala tricolor.
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Se com um time completo o Criciúma jogava recuado, com 10 homens o Tigre abdicou totalmente de atacar. Com apenas Paulo Baier na frente, restou à equipe tricolor defender com garra. A torcida reconheceu essa dedicação e apoiou os atletas durante todo o jogo, sem vaiar o time.
O Internacional até teve algumas oportunidades de abrir o placar, a mais clara aos 43 minutos quando Wellington Paulista cabeceou dentro da área, sozinho, uma bola para fora. Em casa, com um atleta a menos, o Criciúma conseguiu segurar o líder do Campeonato Brasileiro, mas mostrou uma enorme dificuldade em atacar. Prevaleceu a raça tricolor e principalmente a força da arquibancada, a energia dos torcedores que apoiaram o time sem parar.
FICHA TÉCNICA
CRICIÚMA
Galatto; Eduardo, Fábio Ferreira, Escudeiro e Bruno Cortez; Serginho, Rodrigo Souza, João Vitor e Paulo Baier (Gualberto); Silvinho (Lucca) e Bruno Lopes (Ezequiel)
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Técnico: Wagner Lopes
INTERNACIONAL
Dida; Diogo, Juan, Ernando e Fabrício; Willians (Otávio), Wellington, Alex (Wellington Paulista), D’Alessandro (Valdivia) e Alan Patrick; Rafael Moura
Técnico: Abel Braga
Cartões amarelos: Rodrigo Souza (C); Willians, Juan e Rafael Moura (I)
Cartão vermelho: Eduardo (C)
Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por Anderson José de Moraes Coelho e Carlos Augusto Nogueira Junior (trio de SP)
Local: Heriberto Hülse, em Criciúma
Público: 13.312
Renda: R$ 295.940,00