O primeiro dos cinco anos do árbitro paranaense Héber Roberto Lopes na Federação Catarinense de Futebol começou com um minuto de silêncio.Na vitória do Avaí sobre o Atlético-Ib, neste sábado, que marcou o começo do campeonato estadual, o juiz fez a homenagem póstuma a um ex-funcionário do Avaí. Concentrado desde que entrou em campo, Héber ergueu o braço esquerdo às 17h02min, autorizando o pontapé inicial.

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Em cima do lance e preocupado em mostrar autoridade, o árbitro Fifa não teve vida fácil. Logo aos nove minutos viu-se obrigado a dar um cartão amarelo e, acompanhado, uma bronca. Giba, do Atlético-Ib, tentou argumentar após entrar por cima na dividida com Ricardinho, mas foi logo repreendido por Héber.

A disciplina exigida pelo carequinha de 40 anos é cobrada a todo instante. Com poucas palavras e muitos gestos, o árbitro gosta de mostrar que tem os jogos nas mãos. O experiente Thoni tentou argumentar quando o lateral-esquerdo Santos fez falta dura no meio. Os apelos, porém, foram em vão.

Parte da profissão de juiz de futebol, não podiam faltas as polêmicas. Em um lance duvidoso, no primeiro gol do Avaí, Héber seguiu a decisão da bandeirinha Nadine Schramm, que não marcou impedimento de Danilo. O atacante estava em posição irregular, mas não teria participado do jogada em que Rodriguinho guardou nas redes.

Ao acabar a primeira etapa, as reclamações passaram a ser do lado do Leão. Quando apitou para o centro do gramado, Héber impediu um contra-ataque avaiano. Marquinhos, o capitão, esboçou fazer uma cobrança, mas logo recebeu um sorriso de Héber e, depois de retribuir, apertou as mãos do árbitro e desceu ao vestiário.

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Mauro Ovelha, técnico do Atlético-Ib, não gostou do gol sofrido. Na volta do intervalo, o técnico, com poucas palavras, resumiu o sentimento com a arbitragem:

– Vamos marcar a bandeirinha (Nadine Schramm).

Apesar da pressão, o árbitro correspondeu. Mesmo com a aumento na velocidade do jogo, Héber mostrou que está em boa forma física e acompanhou os lances em cima. Não fosse assim, talvez tivesse sido enganado por Rodrigo Pardal, que por duas vezes tentou cavar um pênalti.

Sem novos problemas, ele deu três minutos de acréscimo para, depois, soprar o apito final. Na tarde desta sexta-feira, o paranaense fugiu à rega de que árbitro bom é aquele que não aparece. Afinal, Héber Roberto Lopes era uma das estrelas em campo.