Um gatil para mais de 40 gatos, com caixas, balanços e protegido com tela nas laterais e no teto. Este foi o espaço que Helgrit Meerholz, de 57 anos, deixou. Ela, que morreu no dia 12 de julho, ficou conhecida em Joinville por abrigar estes felinos. Agora, eles esperam por um novo lar.
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Localizado no bairro América, região central de Joinville, o local é uma verdadeira casa dos gatos. Por enquanto, eles moram com a filha de Helgrit, Daniele Cristine Meerholz, de 26 anos. Ela sempre ajudou a cuidar dos felinos, mas admite que o amor maior com os bichanos vinha mesmo de sua mãe.
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Mesmo assim, o cuidado com os gatos, uma das características de Helgrit, passou para sua filha. Não é à toa que ela decorou o nome dos mais de 40 gatos que dividem o dia-a-dia com ela. Lelo, Lia, Fumacinha, Negão, Lica, Tigrão, Barba Branca, Demorada… a lista é grande, mas Daniele diz lembrar-se de todos. Ela conta que a casa só começou a ficar cheia de gatos mesmo há quatro anos. Antes, tinha um ou dois. Depois que Helgrit acolheu alguns gatos, a vizinhança descobriu e passou a deixar os animais com ela.
Com a morte de sua mãe, Daniele reconhece que não terá como cuidar dos bichos. Por isso, procurou ajuda para encaminhar todos para um novo lar. Não demorou muito para entidades de Joinville organizarem um verdadeiro mutirão para encontrar novos donos para os gatinhos. A Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada), o projeto Au-Miau, o grupo Guapecas e a Associação de Protetores de Animais de Joinville (Apajoi) se sensibilizaram com a história e estão juntas nesta causa.
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– Se não fossem eles, eu estaria frita. É muito bicho – disse Daniele, que estima que sejam necessários R$800 mensais para cuidar e alimentar os felinos.
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Um formulário foi criado para quem quiser adotar os gatos. Mas assim como Daniele, as entidades revelam que serão criteriosas na seleção dos novos tutores. Quem quiser adotar um dos felinos, deve preencher o formulário, que está publicado na página da Frada, no Facebook.
– Ser tutor de um animal é um compromisso muito sério. Queremos que cada lar adotivo esteja ciente sobre responsabilidades que ter um animal traz. Quando falamos em responsabilidade, falamos do seu comprometimento com o animal, de ama-lo e respeita-lo ao longo de toda sua vida, independente de qualquer mudança. Converse com a família, e pense em todo comprometimento assumido – diz a descrição do formulário.
Além do formulário, há uma “vaquinha” online. Isso porque os gatos estão passando por exames de saúde e teste para FIV, a AIDS felina, e FeLV, doença que causa a leucemia felina. Alguns gatos já foram diagnosticados com as doenças e precisarão de cuidados especiais. A meta da arrecadação é de R$5 mil.
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Confira alguns gatinhos que estão à espera de um novo lar: