Após três semanas e pouco mais de 12 mil quilômetros percorridos entre Auckland (Nova Zelândia) e Itajaí, os veleiros Abu Dhabi, Team Alvimedica, MAPFRE e Team Brunel navegam pela costa brasileira com chances de vencer a perna mais longa e difícil da Volvo Ocean Race. A previsão mais recente do Comitê Organizador da competição é de que os veleiros cruzem a linha de chegada imaginária próxima ao Molhe da Barra na tarde deste domingo. A expectativa é de as equipes cheguem com intervalos pequenos de diferença, de uma hora no máximo.

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A perna mais desafiadora da regata fez a sua primeira vítima na última segunda-feira, quando o mastro do barco dos chineses do Dongfeng Team quebrou. O acidente ocorreu pouco antes da equipe dobrar o Cabo Horn, ponto mais ao Sul da América do Sul, onde os velejadores enfrentam ventos e ondas muito fortes.

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A disputa entre os quatro primeiros está bem apertada. Na tarde desta sexta-feira, o Abu Dhabi liderava a regata, seguido pelos espanhóis do MAPFRE, que estavam a 8,8 quilômetros de distância. Os holandeses do Team Brunel, que ocupavam o quarto lugar, estavam a 22 quilômetros dos chineses.

– Temos chances de terminar no pódio e até vencer a etapa. Mas antes, nosso objetivo é defender a segunda posição, pois todos os barcos do pelotão de frente estão próximos – observa o brasileiro do MAPFRE André Fonseca, o Bochecha.

Os velejadores estão enfrentando dias difíceis no Atlântico, segundo ele.

– Na verdade, a etapa foi muito dura desde o início, batendo em ventos de até 83 quilômetros por hora, o que é muito. Até na subida do Atlântico, onde as condições são mais amenas, pegamos ciclones. O mar estava selvagem – relata o brasileiro.

Bochecha conta que a tripulação está cansada por causa do vento forte.

– Além disso, os barcos estão próximos, o que faz com que os times puxem mais. Não dá pra descansar. Acho que só poderemos fazer isso em terra – explica.

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O brasileiro quer encontrar a família e os amigos quando chegar em Itajaí. Mas o que ele mais quer é comer um bom churrasco e tomar um banho quente.

– Vou curtir até a largada da próxima etapa – avisa.

Apenas o Team SCA, única tripulação feminina da regata, ficou para trás. Após perder uma das velas do barco, as meninas da Suécia estão a mais de 300 quilômetros do bloco principal, seguidas pelo Dongfeng, que está fora da etapa e veleja com o motor ligado.

A previsão é que o SCA chegue na quarta-feira e o Dongfeng até o próximo sábado.

Classificação geral da regata até aqui*:

1º Abu Dhabi Ocean Racing – 8 pontos

2º Dongfeng Race Team – 8 pontos

3º Team Brunel – 14 pontos

4º Team Alvimedica – 16 pontos

5º Mapfre – 16 pontos

6º Team SCA – 24 pontos

7º Team Vestas Wind – 36 pontos

*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.