Professores e alunos sentiram dificuldade em chegar às escolas municipais e estaduais da região da Grande Florianópolis. Entre as estaduais, o Instituto Estadual de Educação (IEE) estava sem aulas na manhã desta segunda-feira em razão da greve dos ônibus que iniciou à 0h.

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>>> Assembleia define rumo da greve dos ônibus na Grande Florianópolis

A Escola de Educação Básica Daysi Werner Salles, no Bairro Capoeiras, em Florianópolis, teve 80% das aulas paralisadas. As informações são da gerência de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Educação da Grande Florianópolis (SDR). O gerente de Educação da SDR, Mario Benedetti, afirma que, se a greve persistir, em junho em reunião com os diretores será discutido um calendário de reposição das aulas.

De acordo com a secretaria municipal de educação de Florianópolis, 11% de todas as unidades (escolas municipais e educação infantil) operaram normalmente, 22% parcialmente e 55% foram fechadas. A secretaria informou que as aulas não foram suspensas e seguem normalmente nesta terça-feira.

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Em São José, segundo a prefeitura, as aulas não chegaram a parar, mas alguns professores não conseguiram ir ao trabalho. A partir desta terça-feira, caso a greve dos ônibus continue, empresas de transporte registradas na prefeitura poderão oferecer transporte alternativo dentro do município para toda a população.

É necessário se cadastrar no Setor de Transporte da Secretaria de Segurança, Defesa Social e Trânsito de São José. Não há uma tarifa pré-definida. O valor dependerá da demanda. Informações: (48) 3259-6160.

Apesar da falta de transporte coletivo intermunicipal e interbairros, a secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito de São José, Ane Warmling, acredita que a população estava preparada, por isso o impacto não foi maior.

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Mesmo assim, a secretaria encaminhou o levantamento da fiscalização à Procuradoria Geral de São José para que sejam tomadas providências jurídicas sobre o funcionamento de 70% da frota em horários de pico e 30% nos demais horários.

– A equipe de fiscalização percorreu o município desde as 6h e percebeu que muitos encontraram alternativas, como caronas, para chegar ao trabalho – afirma.

Palhoça teve o mesmo problema de São José. Faltaram professores nas salas de aula. Mas não há levantamento sobre o número de alunos atingidos. Em Biguaçu, as aulas foram mantidas normalmente.

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Cerca de 2 mil trabalhadores aderiram a paralisação e nenhum ônibus circulou em Florianópolis desde o início da manhã, apesar da imposição de que 30% da frota circule durante o dia e que 70% dos ônibus esteja nas ruas em horários de pico. Para atender a população, a prefeitura de Florianópolis disponibilizou transporte alternativo.

>>> GALERIA DE FOTOS: greve nos ônibus provoca transtornos para passageiros na Grande Florianópolis

Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:

:: Serviço de Transporte Especial

Funcionamento:

— Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.

— A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.

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— Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.

:: Regiões atendidas

– Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.

:: Percurso

– Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.

:: Preço da passagem

– R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.

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– R$ 5 para as outras regiões.

:: Horário de circulação

– Das 5h às 20h.

– Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.

Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina

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Sobre a greve:

Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.

O encontro deste domingo – em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores – foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.

Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.

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O que querem os trabalhadores

::: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.

::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.

O que diz o Setuf

::: A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.

::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.

Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:

Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior