Motoristas e cobradores lotaram a Praça das Nações, no Centro da Capital, em assembleia nesta segunda-feira. O encontro decidirá o futuro da greve de ônibus na Grande Florianópolis. A reunião começou pouco depois das 18h. A paralisação iniciou à 0h. Sem transporte coletivo, o trânsito em Florianópolis ficou congestionado pela manhã e no fim da tarde.

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Segundo a prefeitura, durante o dia as negociações com o Sindicato das Empresas de Ônibus (Setuf) ocorreram por telefone.

Cerca de 2 mil trabalhadores aderiram a paralisação e nenhum ônibus circulou em Florianópolis desde o início da manhã, apesar da imposição de que 30% da frota circule durante o dia e que 70% dos ônibus esteja nas ruas em horários de pico. Para atender a população, a prefeitura de Florianópolis disponibilizou transporte alternativo.

>>> GALERIA DE FOTOS: greve nos ônibus provoca transtornos para passageiros na Grande Florianópolis

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Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:

:: Serviço de Transporte Especial

Funcionamento:

— Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.

— A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.

— Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.

:: Regiões atendidas

– Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.

:: Percurso

– Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.

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:: Preço da passagem

– R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.

– R$ 5 para as outras regiões.

:: Horário de circulação

– Das 5h às 20h.

– Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.

Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina

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Sobre a greve:

Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.

O encontro deste domingo – em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores – foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.

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Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.

O que querem os trabalhadores

::: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.

::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.

O que diz o Setuf

::: A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.

::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.

Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:

Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior