Lages é uma das cidades do Estado mais afetadas pela chuva das últimas 24 horas em Santa Catarina. Somente em um dia, choveu na região o esperado para o mês de junho inteiro. Em entrevista ao DC na manhã desta segunda-feira, o prefeito do município, Antonio Ceron (PSD), disse que 40 bairros foram afetados pelos alagamentos.

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Segundo ele, a prioridade é o atendimento aos moradores atingidos, além do cuidado com os deslizamentos. Veja abaixo a entrevista completa:

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“Vamos agora cuidar das pessoas e ter atenção com os deslizamentos”

O que a prefeitura está fazendo diante do elevado volume de chuva registrado nas últimas horas?

Não parou desde a semana passada. Mesmo que o sábado tenha sido de tempo bom, ainda havia pessoas em abrigos. A cidade não tinha se recuperado. Havia previsão de volume de chuva, mas não tanto. Neste momento, toda a equipe da prefeitura está trabalhando. A comunidade, as polícias, todos estão envolvidos para ajudar no sentido de prestar socorro às pessoas, e depois ao patrimônio. Temos seis abrigos, estamos perto de 200 pessoas desabrigadas. Ainda tem previsão de chuva até quinta-feira, mas em volume menor. A atenção é principalmente no atendimento às pessoas. A comunidade está solidária. Vamos agora cuidar das pessoas e ter atenção com os deslizamentos.

Quais regiões da cidade mais preocupam?

A região do Clube de Caça e Tiro, o bairro Habitação, a região do Rio Ponte Grande e o bairro Passo Fundo. Hoje temos 40 bairros afetados. Nos últimos 10 dias choveu mais de 400 milímetros em Lages, o suficiente para três meses.

O senhor acionou a Defesa Civil do Estado?

Sim. Na sexta-feira decretei situação de emergência para ter mobilidade no atendimento às pessoas. Estive em contato com o secretário Rodrigo Moratelli (Defesa Civil do Estado) e com o governador, que me ligou sábado à noite. Dentro do possível, vamos fazer o atendimento às pessoas e cuidar das regiões de deslizamento.

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Qual é o seu pedido à população neste momento?

Ontem pedimos que as pessoas ficassem em casa porque alagou a cidade inteira, regiões que nunca foram atendidas. Com a água alta, tinha também a questão de energia elétrica. Então tem que ter muita cautela e vamos sempre orientar as pessoas.

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